CAVALO NÃO DESCE ESCADA.
Luís Rocha era Governador do Maranhão, recebendo de Sarney a missão de conduzir Cafeteira ao Governo. Era a seu tempo o primeiro movimento de Sarney, para minar as oposições.
Luís Rocha definia Sarney, como régua e compasso. O sertanejo tinha orgulho de seguir o traçado do oligarca. A tarefa de no Governo do Estado, disponibilizar a máquina para Cafeteira vencer, não estava na sua previsão geométrica.
Luís respeitou as ordens, seguindo até o final do Governo triste, amuado, isolado, mas patrimonializado. Marcos Center, Fazenda Modelo em Uberaba, Mansões, Carrões e Milhões, foram entre outros mimos(Rádios e Televisões), frutos da passagem pelos Leões. Isso é de praxe no Maranhão.
Cafeteira vence com mais de Hum Milhão de votos, adotara a música de Roberto Carlos "Milhão de Amigos", ganhando porem um inimigo figadal, o até então Governador Luís Rocha.
Veio o dia da posse e Luís Rocha, nega-se a passar a faixa de Governador para Cafifa. Instado a dizer o motivo da atitude, Lóia foi lacônico respondendo "Cavalo não desce escada".
Quando vejo Jackson alagado, procuro Roberto Rocha entre aqueles que o acompanham na derrota. Não o vejo, somente os históricos e Vidigal.
Nosso comportamento é equacionado de forma probabilística, pela nossa história de vida e o meio em que vivemos. A atitude de Roberto Rocha é fruto do DNA político.Seria difícil ele não repetir tais práticas. Existe sempre um conteúdo guardado, diferentemente do que é mostrado. Com certeza a justificativa da ausência, é uma viagem ao núcleo de um suposto futuro poder. É a luta pela sobrevida, no predatório campo político.
Para os políticos, não é bom descer as escadas do Poder. Eles só querem subir.É uma prática fisiológica, onde os súditos almejam ser suseranos.
É regra para os cavalos, não descerem escadas. Quanto aos reis é lei trocar o reino por um cavalo, quando a derrota é inevitável.
.