O Blog alertava em postagens anteriores da possibilidade de formação de cartel na revenda de gasolina no Estado do Maranhão. Na época houve um aumento 17% no preço do litro da gasolina. O Presidente do Sindicato do Revendedores de Combustíveis justificava o aumento como decorrência do corte em 8% dos descontos da Distribuidoras. Ficava desde então caracterizado que o Sindicato dos Revendedores repassava em 51% para os consumidores o valor do desconto. Fizeram do limão a limonada e do corte dos descontos, justificativa para acrescerem em 51% os lucros por litro de gasolina. Como diz a propaganda 51 é uma boa idéia.
Agora o Ministério Público busca provas daquilo que todos sabem em São Luís. A formação de cartel em postos de revenda de combustíveis é uma realidade há tempos conhecida dos consumidores ludovicenses. Por trás dos proprietários de postos de gasolina estão presentes influentes políticos. A concessão da exploração do ramo não esta sujeita aos rigores da legislação anterior. Com a desregulamentação o número de postos triplicou nos últimos cinco anos.
Lançados a concorrência, os proprietários de postos de gasolina viram as margens do negócio baixar rapidamente. Se, de um lado, beneficiaram-se coma concorrência entre fornecedores( com o aparecimento de novas empresas ), os postos, tem, que disputar a clientela e fazer a conta em centavos.
O lucro é o objetivo de todos que se dispõe ao comércio. Contudo respeitar a livre concorrência, agregar serviços e manter os níveis do produto sem mistura são itens que parte dos comerciantes do Maranhão tem asco e ojeriza. Dá urticária(coceira) e muito trabalho. É bem melhor resolver tudo em uma mesa de carteado, lá para as bandas do Olho D'Agua.
Aliando-se aos fatores "antropológicos" dos comerciantes no Maranhão vem a politização dos órgãos de fiscalização. Vejam os nomes dos que estão ou estiveram a frente dos Institutos que tem a função de fiscalizar e façam a relação com a família Sarney.
Vou dar um exemplo que se relaciona com a área e citar o Instituto de Pesos e Medidas do Maranhão, que anteriormente era presidido pelo atual Deputado Estadual Alexandre Almeida e agora por Augusto Cesar Maia Junior (filho de Augusto Tampinha e Marizinha Raposo, aquela envolvida nos escândalos da Fundação José Sarney). Ambos foram guindados ao órgão como forma de blindar as ações dos cartelista ligados a família Sarney.
É por isso que Roseana Sarney diz que o Maranhão está "bombando". No submundo o irmão Fernando Sarney é conhecido por "Bomba" e os sócios-ocultos fazem das bombas de gasolina seu mais forte cifrão.