Existe um tímido movimento pela volta da criação da CPI da Agiotagem na Assembleia Legislativa do Maranhão. O jornalista e blogueiro Décio Sá era em vida um dos maiores incentivadores. Várias postagens neste sentido incomodavam alguns parlamentares.
A criação da CPI da Agiotagem poderá ganhar corpo com a adesão dos governistas. Ocorre que a "Tropa do Cheque", mesmo com a prisão de Glaucio Miranda e o pai José Alencar Miranda ainda é muito forte na Assembleia Legislativa do Maranhão.
Outros agiotas menos notórios e com "altas patentes" devem continuar financiando campanhas de prefeitos à governadores. A "usura" tem o mesmo modo de operar do mundo do tráfico. Os chefões não aparecem, somente os agenciadores e intermediários.
A bancada da oposição não quer a SEGUP municie politicamente o governo com dados da investigação que envolve políticos e agiotas. Roseana Sarney de posse das provas materiais comprovando práticas ilícitas dos gestores, poderia fazer indevido uso político.
Alguns cheques e procedimentos já estariam na Polícia Federal. Caso a PF avoque o comando das investigações, justificado pelas verbais federais envolvidas na maioria das transações, tem "cheque voador" que sai de Paço do Lumiar e aterrissa em Brasília.
O momento é oportuno para que reiniciem as discussões sobre a CPI da Agiotagem. A grande maioria dos cheques que estavam nos cofres de José Alencar Miranda e Glaucio Miranda é de Prefeitos do Maranhão e do tipo "moça". Todos pediam "não mete agora".
Se as investigações ficarem a critério exclusivo da SEGUP poderá ocorrer o indevido uso político. Todos sabem da comprovada dependência de Aluísio Mendes a família Sarney. Não é pela parcial elucidação do caso Décio que vamos ficar cegos às evidências históricas.