Um povo espoliado cria mecanismos para fugir do sofrimento. Foi a revolta diante da escravidão que levou Moisés a fugir do Egito e cair nas mãos de Deus. Quais os paralelos que podem ser destacados entre Moisés e Jesus Cristo.
Ambos preservados em uma infância profícua; ambos alimentram multidões; ambos suportaram murmurações; ambos foram desacreditados no próprio lar; ambos falaram como oráculos; ambos apareceram após a morte; ambos tiveram 70 ajudantes.
Moisés foi educado sob o sistema da cultura e tradições egípicias, mas mantinha a identificação com seu povo(hebreus). Ele percebe que é aquele o momento de ajuda-los nas suas dificuldades e aflições. Moisés se apresenta sem saber como ajudar o povo.
Cristo, Moisés ou Marx interpretaram de forma sublime estas aflições, mas a força motriz das mudanças históricas originou-se no povo. Ao contrário do que muitos messiânicos ou cientistas políticos pensam, o problema não vem da "ignorância" do povo.
Diálogo entre José Firmino do Jaracati e o cientista político gaúcho Juliano Corbellini:
Juliano Corbellini : O que o senhor acha da mudança?
Firmino do Jaracati : Se o senhor pagar "Ze Tição", ele pega minha geladeira lá na Liberdade.
Como transformar essa inteligência que se disfarça em ignorância política ? Essa com certeza é uma das chaves para a mudança do Maranhão. Afora a insofismável necessidade da educação é preciso interpretar a sabedoria popular dos maranhenses.
Chega de canga.
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