O Comandante da Polícia Militar do Maranhão, Coronel Jeferson, colocou toda a elucidação do caso Décio Sá em "xeque-mate". Explico: o Coronel Jeferson encaminhou ontem a arma do Capitão Fábio para ser periciada pela Polícia Civil.
A serena e fundamentada decisão poderá inocentar o Capital Fábio, já alcunhado de "Capita" pelos delegados da Operação Detonando. Basta que a perícia constate não existirem vestígios de disparos na data do crime de Décio Sá.
A medida põe por terra as declarações apresentadas pela SEGUP, de que o suposta assassino teria jogado a arma na baia de São Marcos "aos tubarões" e guardado o pente como "relicário" do crime. São duas as armas do Capitão Fábio? O "Capita" teria comprado outra arma e a emprestado ao matador?
Se somente uma, a balística vai revelar que desta saíram ou não as balas que mataram Décio Sá. Isto é possível em razão das marcas específicas deixadas no projétil pela arma que "detonou" os disparos. Tais marcas são denominadas "estrias laterais finas", que diferencia-se de arma para arma.
Valerá o princípio criminalístico de que não existem duas coisas idênticas, mas parecidas. Uma coisa só é idêntica a si mesma. "Dois revólveres da mesma marca, do mesmo calibre, fabricados no mesmo dia, com igual número de raias(dextrogiras ou sinistrogiras), deixam estrias finas diferenciadas na lateral do projetil expelido".
A versão "Indiana Jhones" e a balística devem ser pontos fundamentais, a serem exaustivamente explorados pela defesa dos supostos mandantes. Portanto ainda é cedo para euforia política que a "elucidação total" trouxe a cúpula da SEGUP e a governadora Roseana Sarney.
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