29 de abril de 2012

UMA CARTA PARA O MARANHÃO: REVISTA CARTA CAPITAL MOSTRA TUDO A SANGUE FRIO

Carta Capital: A sangue frio

O ar-condicionado do plenário Nagib Haickel não arrefecia a tensão entre os deputados maranhenses reunidos na sessão de quarta-feira 25. Dedos em riste, levavam para a sala climatizada a temperatura de uma manhã quente e abafada, típica do outono em São Luis. O motivo era a votação de um projeto para batizar uma avenida da cidade com o nome de Jackson Lago, o ex-governador morto no ano passado e que durante anos combateu a família Sarney – um projeto que em qualquer outra parte do mundo seria tema para vereadores, e não deputados.

O blog do jornalista Décio Sá, morto na segunda-feira 23

A aprovação da homenagem seria uma afronta ao padroeiro, representado ali pela base aliada da filha, a governadora Roseana (PMDB), e pelas palavras de sua lavra cravadas na parede frontal do plenário: “Não há democracia sem Parlamento livre – José Sarney”.

Não parecia o mesmo plenário que, um dia antes, levou praticamente toda a Assembleia Legislativa do Maranhão a vociferar contra o ato de barbárie cometido contra Décio Sá, o blogueiro mais conhecido do Maranhão – e, até a noite de segunda-feira 23, um jornalista praticamente intocável.

O crime acontece exatos 15 anos após a morte de um delegado, Stênio Mendonça, que chocou a população maranhense e deu início à CPI do Crime Organizado – e anos depois resultou em prisões e na cassação de deputados maranhenses. Pura ironia: foi durante a cobertura da CPI que Décio e outros jornalistas da mesma geração, formados na metade dos anos 1990 na Universidade Federal do Maranhão, consolidaram o nome da mídia local.

A indignação dos deputados deu espaço, no dia seguinte, à acalorada discussão sobre o nome da avenida. Aquela bolha de ar climatizado a tapear a alta temperatura afora era só o primeiro sinal do descompasso entre a realidade e a política da região.

Uma volta de dez minutos por São Luis é suficiente para perceber que havia assuntos mais urgentes a serem discutidas no plenário: da saída do aeroporto até a avenida Litorânea, onde o jornalista foi alvejado, o índice de desenvolvimento humano oscila como se o veículo circulasse entre o Sudão e a Suécia em poucos minutos.

Fora do belo prédio espelhado da Assembleia, a preocupação não era com os nomes a serem colocados na avenida: era a ação de grupos de extermínio a um estado já assolado pela miséria e insegurança.

O estado emprega um policial para cada grupo de 800 habitantes (a média brasileira é de um para 300). No campo, onde a atuação policial é ainda mais limitada, a situação chega a ser assustadora: nas contas da Comissão Pastoral da Terra, nada menos do que 85 pessoas estão hoje ameaçadas de morte em razão de conflitos agrários em 29 municípios. No estado, 121 pessoas foram assassinadas desde 1985. Até hoje, apenas dois casos foram julgados, e nenhum dos mandantes está preso.


Crimes por encomenda. O caso de Décio se somou a uma série de assassinatos ocorridos desde outubro do ano passado. Naquele mês, um empresário foi morto por reagir a uma tentativa de grilagem de um terreno de sua propriedade numa das áreas mais valorizadas de São Luis. Com um tiro na nuca, foi encontrado enterrado numa cova rasa aberta em seu próprio terreno.

Pouco depois, dois irmãos, empresários de um grupo petroquímico, foram mortos por um motoqueiro que fugiu. Cerca de 15 dias atrás, um suposto traficante conhecido como Rato 8 (em referência aos oito assassinados dos quais era suspeito) morreu numa emboscada montada por homens armados dentro de um carro a cortar a mesma avenida onde Décio seria alvejado.

Outro crime da série foi registrado no município de Buriticupu, onde o líder rural Raimundo Borges foi morto com cinco tiros disparados por um motoqueiro. Em nenhum caso os mandantes ou executores foram presos, embora a polícia garanta que as investigações estejam avançando.

“Isso virou uma prática comum. Agora todos se deram conta da situação porque aconteceu com o Décio, uma pessoa conhecida da cidade”, afirma Diogo Cabral, advogado da CPT e secretário da Comissão de Direitos Humanos da seccional maranhense da Ordem dos Advogados do Brasil.

Dessa vez os tiros acertaram um aliado do grupo que se reveza no poder do estado há pelo menos 40 anos. Décio Sá era notadamente um jornalista alinhado com a família Sarney – à boca pequena, colegas contam que ele era o único jornalista do estado a ter acesso à área VIP de Roseana Sarney na Sapucaí durante o desfile em homenagem a São Luis feito pela escola samba Beija-Flor.

Ex-correspondente da Folha de S.Paulo e depois colunista de O Estado do Maranhão, o diário da família Sarney, Décio colecionava inimigos devido à exposição de uma certa incontinência verbal em seu blog, um dos primeiros do estado. Por causa dele, transformou-se em persona non grata em muitos círculos – que, no Maranhão, se agrupam de forma bem delineada entre os amigos e inimigos dos Sarney.

No ano passado, não ousava aparecer na Assembleia Legislativa, onde policiais em greve acampavam como protesto. De sua trincheira, Décio emendava petardos em direção aos grevistas, que podiam ver o diabo na frente, mas não o blogueiro. Da mesma forma, evitou acompanhar o resultado da eleição para governador em 2006, quando Jackson Lago foi eleito. Do lado de fora do Tribunal Regional Eleitoral, cabos eleitorais prometiam uma surra no blogueiro caso aparecesse.

O jornalista Wilson Lima, repórter do portal iG e ex-correspondente de diversos veículos no Maranhão, conta que Décio era personagem até de charges publicadas nos jornais locais. Tudo por conta de seu perfil perfil “folclórico”. Numa delas, era retratado como um “homem-bomba” – um de seus bordões, ao fechar uma apuração, era que iria “detonar” determinado alvo.

Recentemente, Décio comprou briga até com os ex-colegas da Folha, atuando, segundo relato do próprio jornal, para derrubar a pauta dos repórteres que desembarcavam na capital maranhense em busca de noticias contra a família Sarney.

Em seis anos, se aproximou como pode do clã, mas colecionou inimizades pontuais a cada novo post. Nesse tempo, ele comprou briga até com cego que não era cego – quando revelou que um funcionário do Tribunal de Justiça havia passado em concurso na cota de deficientes alegando ser cego, o que Décio jurava de pé junto não ser verdade.

Décio era, segundo os colegas, uma pessoa bem relacionada mas de poucos amigos. Costumava ir para os bares sozinho para tomar suas long necks e estender o expediente por meio de telefonemas que só cessavam na madrugada. Um de seus favoritos era o Bar Estrela do Mar, onde foi morto. Ali, entre um telefonema e outro, ele costumava digladiar com as patas de caranguejos servidos com vinagrete e arroz de toicinho.


Medo. A reportagem de CartaCapital visitou o bar 36 horas após o crime. Apesar do clima de tranquilidade, ninguém ali parecia disposto a falar sobre o caso: a atendente baixava a cabeça, sem olhar para o repórter, quando questionada em qual mesa Décio estava sentado quando morreu. Em plena hora do almoço, o restaurante, um simpático quiosque aos pés da praia, estava vazio. O único movimento era de curiosos a diminuírem a velocidade ao passar pela avenida – e o alvoroço dos funcionários ao se reunir em frente ao aparelho de tevê para ver a fachada do estabelecimento estampada no noticiário.

Casqueiro (a versão maranhense para “marrento”), como descrevem os colegas, Décio não relatou, nos últimos dias, qualquer menção às ameaças. Estava acostumado a desdenhar os comentários mais acirrados que recebia em sua página eletrônica.

Décio tinha as costas quentes. Prova do prestígio do jornalista, capa dos principais jornais do Maranhão no dia seguinte, é que minutos após os disparos, o Bar Estrela do Mar já estava cercado de jornalistas e autoridades, entre elas o próprio secretário de Segurança Pública, Aluisio Mendes. A promessa de revide veio poucas horas depois, quando, dizendo-se chocada, Roseana prometeu capturar os autores do “ato de barbaridade”. Recuperando-se de cirurgia em São Paulo, Sarney pai também se manifestou. Mesmo convalescente, condenou a atrocidade (ele não citou as demais vítimas do desmando no estado) e declarou: o crime “atentava contra a democracia”.

Desmoralizada, a polícia prometeu um prêmio de cem mil reais para quem encontrasse o autor dos disparos. Não explicitou o assassino deveria ser encontrado vivo ou morto.


Conflitos de terra. Queima de arquivo, vingança, “bode expiatório”. O que não faltam, em São Luis, são palpites sobre as razões do assassinato. Em seus últimos posts, o blogueiro havia noticiado irregularidades na prefeitura de Turilândia, a prisão de assessores do Tribunal de Justiça, irregularidades em prefeituras do interior e a suposta participação de parlamentares em exploração sexual.

Mas a hipótese mais provável, levantada pelos próprios colegas de trabalho, é que a morte esteja relacionada indiretamente ao universo dos conflitos agrários. Dias antes de ser morto, Décio havia publicado reportagens contra um empresário de Barra do Corda, cidade do interior maranhense, suspeito de assassinar um líder rural. O empresário é filho do prefeito da cidade e iria a júri se não fosse uma estranha notícia publicada na véspera pelo blogueiro: quase todos os integrantes do júri eram ligados à família do acusado.

A publicação, com nome e “parentesco” dos jurados, melou o julgamento, afinal transferido para a capital – onde imagina-se que o empresário terá menos chances de sair ileso.

Quando foi atingido, Décio falava ao telefone com o vice-prefeito de Barra do Corda, Aristides Milhomem. Não parecia preocupado com possíveis ameaças: sentado numa cadeira do corredor próximo ao banheiro, estava desprevenido, de costas para a avenida, à espera de dois amigos: o também blogueiro Luis Cardoso (anti-Sarney) e o suplente de vereador Fábio Câmara, assessor da secretaria de Saúde do Maranhão. Entretido ao telefone, Décio não deu importância ao sujeito que desceu de uma moto à sua procura. Sem capuz ou óculos escuros, o que leva a polícia a suspeitar de que fosse um forasteiro, o assassino percorreu o corredor estreito do bar e conferiu onde estava o alvo. Passou por ele na ida ao banheiro. Na volta, deixou a encomenda: seis tiros disparados com uma pistola calibre 40, de uso da polícia. Em seguida, fugiu a pé, protegido pela ausência de câmeras de monitoramento ou policiamento.

Para despistar, cortou os barrancos de areia que serpenteiam a avenida e escondem os luxuosos prédios de uma área nobre encravada num bolsão de pobreza. Por ali, as únicas testemunhas eram um grupo de evangélicos a rezar no morro àquela hora da noite.

Ao saberem do burburinho sobre a morte do blogueiro, a reação de vários colegas foi a mesma: pegaram o telefone para tentar checar a notícia com a própria fonte.

Foram longos minutos em que o aparelho, de uso pessoal, vibrou e berrou em vão numa mesa do restaurante: aos 42 anos, Décio estava ao chão, com o rosto e o peito cravejado de tiros.

Morreu em combate: em uma das mãos, um outro celular, usado para trabalho, estava colado ao ouvido.


Instinto. A morte a tiros do jornalista, dentro de um bar de uma das mais movimentadas vias de São Luis, deixou desnorteado o grupo de repórteres políticos da região. A sensação, resumida por um deles, era: “se ele, que era querido pelos Sarney, morreu, imagine nós”.

O medo uniu, talvez pela primeira vez, sarneyzistas e oposição.

Marco Aurélio D’Eça, blogueiro e colunista político de O Estado, conviveu com Décio nos tempos de juventude, no bairro João Paulo, e, anos mais tarde, na faculdade, nas redações e bares para ouvir rock às sextas-feiras. As esposas são amigas e tiveram filhos na mesma época – a mulher de Décio está grávida novamente.

Segundo D’Eça, a morte do colega deixou em alerta o grupo de blogueiros do estado, formado por cerca de dez profissionais que, sozinhos e com estilo próprio (embora ligados a seus grupos), somam mais audiência que qualquer publicação local.

“Vou te dizer: estou com muito medo”, diz o jornalista. “No jornal, nunca recebi processos. No blog, em poucos anos já recebi cinco. Sem contar as ameaças: gente dizendo que sabe quem você é, o que faz, onde anda.”

Apesar do medo, Gilberto Léda, também blogueiro e repórter de política, é quem resume o espírito da imprensa maranhense após o golpe: “Todos estamos assustados, nossos amigos e familiares pedem para a gente ter cautela. Mas a tendência é não desanimar. Quando a gente escolhe essa profissão, sabe dos riscos. Corremos riscos por puro instinto”.

No Maranhão, em que pese a influência das oligarquias no jornalismo, este instinto é quase um ato de coragem: os assassinos, estejam onde estiverem, estão soltos, protegidos e prontos para a próxima.

Por Matheus Pichonelli

Fonte; Carta Capital

A CRUZ DA MORTE SOBRE A LITORÂNEA: EM UMA PONTA DÉCIO NA OUTRA STÊNIO

Aconteceu as 9:30 a missá de sétimo dia do blogueiro Décio Sá. A impressão é que o crime estende a cruz sobre a Avenida Litorânea. De um lado o corpo de Stênio Mendonça do outro o de Décio Sá.

A cruz crucifixa a todos maranhenses em um Estado sem governo. É preciso modificar a estrutura política para prevenção dos crimes de encomenda. A família Sarney tem relação histórica e familiar com a pistolagem.

José Sarney abriu as porteiras das terras do Maranhão para a grilagem. Foram os bigodes de Sarney que serviram como arame farpado para os grileiros cercarem suas fazendas. Fazendas adquiridas pelo esbulho e turbação.

Grileiros e pistoleiros encontraram guarida no governo de José Sarney. Sarney transformou-se em proprietário da "Fazenda Maguary". Quem tomava de conta da Fazenda Maguary antes da venda? Era "Lauristão".

"Lauristão" era pai de Joaquim Lauristo envolvido com os deputados José Gerardo, Francisco Caíca, o delegados Luís Moura  na morte do delegado Stênio Mendonça. Stênio investigava o Crime Organizado no Maranhão.   

Joaquim Lauristo morto recentemente era "compadre" de José Sarney Filho. Como se vê a estrutura sai de dentro da casa da família Sarney há 50 anos. Essa engrenagem para ser desmontada tem que ser denunciada.

Para vislumbrar segurança de vida para qualquer cidadão maranhense contra a pistolagem, é preciso antes de tudo, proceder a mudança  de toda a estrutura política, com o expurgo da família Sarney do centro do Poder.

Do contrário a ação da pistolagem continuará fazendo vítimas fatais de encomendas covardes. Em frente a Avenida Litorânea o mar ensina. Estes facínoras apadrinhados dos Sarneys vão e voltam como uma onda no mar.

Quem se arrisca no mergulho para a morte? Como disse Domingos Dutra: "Cesar Bello o problema está na falta de governo" . 

"Não adianta fugir// nem mentir para si mesmo// a tanta vida lá fora//Aqui dentro sempre// como uma onda no mar// A vida vem em ondas como mar// num indo vindo infinito//  Tudo pode acabar em um segundo.

BLOGUEIROS E MOTOQUEIROS: RISCO DE VIDA EM ANDAR "SEM PARA-CHOQUE"

A minha experiência em blogs tem menos de 1 ano e aproxima-se velozmente de 1 milhão de acessos. Venho da advogacia e radiofonia com linguagens que se diferenciam entre  clássico e popular.

Postagens em blogs não obedecem aos rígidos manuais profissionais. A conquista do leitor ocorre de forma gratuita e voluntária. O leitor adere, o seguidor propaga, cria-se um vínculo de leitura e exercício da escrita.

A interação por meio de comentários é instantânea. Este fator promove a realimentação das postagens. O processo dialógico vicia quem participa. Leitor, comentaristas e blogueiros fazem a cadeia da comunicação.

Diferentemente de outros meios de comunicação, não existe para os blogueiros proteção institucional.  A sensação é como andar de motocicleta. Sem "para-choques "estamos mais vulneráveis as balas assassinas .

Se o caso Décio Sá expõe dificuldades, revela facilidades. O que falta é inteligência eficaz, coragem para "detonar"  o paiol das bombas, que ainda serão arremessadas contra blogueiros incautos ou não.

Algumas atitudes facilitam a vida de blogueiros. Usar capacetes ou coletes de aço, trafegar na faixa de segurança, evitar manobras arriscadas, ganância excessiva. Obedeça a sinalização: PARE, OLHE E PENSE.

Depois veja qual a direção a tomar.  Os blogs são instrumentos de conscientização. Venda os serviços, isente a opinião. Não repitam a desastrosa prática(Atos & Fatos) impostas em jornais. Um bate outro "acaricia", outros morrem.



28 de abril de 2012

TOGAS TRAVESSAS: DEMÓSTENES OPEROU COM GILMAR MENDES POR AÇÕES NO STF

O ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, recebe os eflúvio melíficos na marola da "Operação Monte Carlo". Gilmar é citado por Demóstenes em diálogo com o bicheiro "Carlinhos Cachoeira".

Um solícito Demóstenes comunica ao chefe bicheiro que havia conseguido "puxar para o Supremo a ação da CELG". A ação é bilionária e envolve a Companhia Energética de Goiás. Eita trem bão sô!

É aguardar para ouvir da "boca de sanfona" do Ministro Gilmar Mendes, que as conversas foram descontextualizadas ou coisa do gênero. É interessante ver o Ministro Joaquim Barbosa enquadrando Gilmar Mendes.

Imagina se  o Ministro do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, fosse um blogueiro. Ali jaz de uma trajetória bem sucedida. Os mortos não leem os epitáfios das manhã.

ACIDENTE MISTERIOSO COM O PREFEITO DE BACABEIRA: NÃO APARECEU A PERÍCIA

O bafejado Prefeito de Bacabeira, José Venâncio Corrêa Filho, sofreu acidente na festiva madrugada deste sábado(28), na BR-135 na altura de Periz de Cima. Venâncio foi socorrido e transferido para São Luís, com escoriações e corte na cabeça.

O alcaide passa bem, seu quadro é estável sem risco de morte. O interessante é que a perícia não pareceu no local segundo informações. De acordo com testemunhas, José Venâncio, estava em uma camionete e capotou quando voltava para casa.

Ele teria "rebebido" uma ligação de que sua residência estava sendo assaltada. Não há qualquer registro de assalto na residência de José Venâncio em Bacabeira.  "Rebebido" é ótimo.

Olha aí a "posante" do homem toda avariada. 

23 MILHÕES PARA ABASTECIMENTO: CACHOEIRAS E CASCATAS NO MARANHÃO

O site 247 atualiza rotineiramente notícias do centro do poder em Brasília. Na sexta(27) informa que no processo enviado pelo STF a CPI do Cachoeira, Demóstenes Torres é tratado por Roberto Gurgel como funcionário e integrante da ORCRIM .

O site 247 aposta que Demóstenes Torres perde o mandato de Senador. Ficam claras as ligações da ORCRIM com a Polícia Federal de Goiás. Ricardo Levandovski autorizou a remessa dos autos ao Congresso.

O deputado Marcelo Tavares propôs a instalação de diversas Comissões Parlamentares de Inquérito na Assembleia Legislativa do Maranhão. Na sua maioria, Ricardo Cascata, era o alvo da apuração de desvios na SES.

Diferentemente de Demóstenes Torres, Ricardo Murad escancara com as famosas dispensas de licitações, considerando o caráter emergencial. Na semana passada, Roseana Sarney, "emergemciou" R$ 23 milhões para abastecimento d"água em São Luís.

A perfuração de poços artesianos em toda a ilha de São Luís é idéia de Ricardo Cascata Murad. A Hidrosonda de Carlos Araújo, cunhado de Tulcidedes Frota vai abocanhar sozinha os R$ 23 milhões de uma lapada.

Solo Água, Só Poços, S.Luís Poços, Hidrel, Arcos Engenharia, LMF, Palmares, Targino, CBM, Lock Equipamentos, Casa das Bombas, Pefe Perfuração de Poços, Consterpal são empresas cadastradas, habilitadas  na CAEMA, mas a "cascata" só deu água na Hidrosonda.

Cachoeiras em Brasília e cascatas no Maranhão. A diferença é que aqui as águas só correm para o mar, precisamente para o "Dono do Mar". Por que será que as investigações não prosperam cá como lá?
 
Minha Terra tem cascatas que desaguam na casa do "Dono Mar". Não permita déus que eu morra sem ver isso acabar. Gonçalves Dias morreu sem consegui chegar. Imagina, Cesar Bello, um pichilinga de rabo de peba. 


VIROU NOVELA: QUEM MATOU DÉCIO SÁ?

A morte do jornalista Décio Sá envolta em mistérios caminha para a "Galeria dos Crimes Sem Solução". A diversidade de teses alia-se falta de preparo do comando da Segurança Pública do Maranhão.

Décio Sá foi vítima do próprio sistema a quem serviu por 17 anos. Foi a família Sarney que o guindou aos píncaros do jornalismo eletrônico, fornecendo-lhe informações privilegiadas que culminaram com sua morte.

Décio Sá vai virar nome de logradouro. Na terça-feira(1) tem uma manifestação na Avenida Litorânea. Em tudo falta o apelo popular, muito embora a comoção seja evidente. Ele era o "âncora" da família Sarney.  

As linhas de investigação são múltiplas, com base na sua produção eletrônica. Das últimas as primeiras um amontoado de postagens, que analisados de forma desnecessária podem encobrir culpados com "Véu de Ísis".

Analisando as últimas destacam-se a prisão dos "Assessores do TJ" e o " Cartas marcadas no Juri de Pedro Teles". Em ambos os casos fica difícil estabelecer probabilidades para mandantes da morte de Décio Sá.

Marco Túlio Cavalcante Dominici e Francisco Reginaldo Duarte Barros, neste polo de investigação não produziram qualquer esboço de pista para a elucidação do crime em que foi vítima o blogueiro Décio Sá.

Da mesma forma Pedro Teles cujo silêncio e disposição de abrir o sigilo telefônico, induzem a convicção de inocência. O deputado Rigo Teles, irmão de Pedro Teles, entrevistado nas exéquias negou qualquer suspeita.

Décio Sá falava com Aristides Milhomem, inimigo político dos Teles no momento da sua morte. A quebra do sigilo telefônico de Milhomem é mais do que necessária. E o "busílis de question" ou o "X" da questão.

No mesmo diapasão o sigilo telefônico do blogueiro Luís Cardoso, do candidato a vereador Fábio Câmara com os quais Décio Sá conversou, marcou encontro antes da sua brutal e covarde morte.

Quem matou Décio Sá? Vai virar novela? Vale Tudo? Apenas para descontrair como é costume nas postagens e sem estabelecer nenhuma comparação, assistam "Costinha' em "Quem matou Odete Roitmam"?

27 de abril de 2012

DUTRA QUER TRANSPARÊNCIA E ACOMPANHAMENTO NO CASO DÉCIO SÁ

O deputado Domingos Dutra luta contra a pistolagem desde quando nasceu. Filho de lavradores conheceu ainda criança a sanha assassina dos pistoleiros no povoado Saco das Almas, localizado no município de Brejo.

Domingos Dutra  na atividade política combate permanentemente a pistolagem, irmã gêmea da grilagem. Lavradores, posseiros, quilombolas o tem como endereço das lutas camponesas no Estado do Maranhão.

Almocei hoje(27) com Dutra ainda consternado com a morte de Décio Sá. Dutra fez uma objetiva reflexão durante nossa conversa. "Cesar Bello tudo o que ocorre no Maranhão é consequência da falta de governo".

Dutra quer a apuração da morte de Décio Sá de forma transparente, com o acompanhamento da Polícia Federal e do Ministério Público.  A precaução é no sentido de evitar "bodes expiatórios" e impunidade dos culpados.

A Nota à  Imprensa estende a disposição da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, para acompanhar o deslinde do assassinato do jornalista e blogueiro Décio Sá.  A iniciativa turbina as investigações consideradas lentas.

No domingo a morte do blogueiro faz semana. Não vislumbra-se e elucidação com nomes dos executores e mandantes. Aluísio Mendes estabeleceu o sigilo das investigações, despressurizou as cobranças da opinião pública, evitou o discurso das soluções mágicas.

Acho coerentes as atitudes, desde que não descabem para o "pacto do silêncio ou da mediocridade". Aproveito para propor o fim do privilégio ou monopólio das informações institucionais. Décio Sá foi o "âncora ou porta-voz" de tudo no governo Roseana Sarney.

Foram os "furos" responsáveis pelas mortais perfurações no corpo de Décio Sá. Foi o "em primeira mão"  responsável pela mão assassina, que brutalmente acionou o gatilho seguidas vezes,ceifando a vida de Décio Sá. 

NOTA Á IMPRENSA


Como presidente da Comissão de Direitos Humanos (CDHM) da Câmara dos Deputados venho manifestar solidariedade à família do jornalista e blogueiro Décio Sá pelo covarde e bárbaro assassinato, bem como repudiar a violência, a insegurança e a impunidade reinante em nosso estado do Maranhão.


Nos últimos três anos a pistolagem voltou a agir abertamente no Maranhão, executando lideranças de trabalhadores rurais, empresários, pessoas comuns e agora um profissional da imprensa.


Este ano, por duas vezes, denuncie na Tributa na Câmara Federal, em Brasília, ameaças aos profissionais de imprensa no Maranhão, em especial os blogueiros e jornalistas Luis Cardoso e Cesar Bello, fatos que deveriam ter sensibilizado o Sistema de Segurança do Estado.


No ano passado, através da Comissão de Direitos Humanos da Câmara promovemos audiências públicas para debater a segurança de pessoas ameaçadas no exercício na profissão.


De acordo com relatório publicado esta semana pela Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP), houve um aumento nos casos de assassinatos de jornalistas no Brasil, sendo que no período de seis meses, foram registrados 27 casos de crimes e violências contra a imprensa, incluindo assassinatos, agressões e atentados. Um levantamento do CPJ (Committee to Protect Journalists) divulgado também este mês aponta que o Brasil é o 11º País do mundo em que os assassinatos de jornalistas mais ficam impunes.


Diante de mais essa execução, desta vez de um profissional da imprensa maranhense, solicitamos do governo do Estado ações imediatas para identificar e prender os assassinos, bem como uma política de segurança, priorizando ao Serviço de Inteligência e a valorização dos policiais militares, do Corpo de Bombeiros, dos agentes penitenciários e dos policiais civis para garantir segurança e paz a todos os maranhenses.


DEPUTADO FEDERAL DOMINGOS DUTRA (PT-MA)
Presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara dos Deputados

VAGA DE DESEMBARGADOR(OAB):FALA DE RICARDO ATESTA SAMIR FORA DA DISPUTA

Ricardo Murad aproveitou as inépcia das declarações do presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB-MA, Antônio Pedrosa, para destilar todo seu veneno contra o presidente da Ordem dos Advogados do Maranhão, Mário Macieira.

Antônio Pedrosa deu uma barrigada no Facebok ao nomear os jornalistas/blogueiros como "gorilas diplomados". Disse ainda que não derramaria lágrimas de crocodilos no enterro de Décio Sá. Pedrosa está levando "pedrada" até agora.

Ricardo Murad na infância era alcunhado de "Javali" pela turma do Colégio Marista. No João Paulo a canalha o apelidou de "Porco Bravo". Na política ganhou a fama de "Trator". Mário Macieira não teme nem bichos nem máquinas.

O veneno de Ricardo Murad tem como endereço, a disputa da vaga de desembargador pelo quinto constitucional da OAB-MA. Mário Macieira além de presidente da OAB-MA é primo da governadora, Roseana Sarney.

Na influente posição institucional e familiar, Mário Macieira, não usa do cargo ou do parentesco para favorecer a candidatura de nenhum dos pretendentes a vaga de desembargador pela quinto constitucional da OAB-MA.

Ricardo cabala votos para o irmão, o advogado Samir. Quando questionado sobre a sua desconfortável situação diante da consulta que o impede de concorrer a vaga de desembargador, Samir responde que Ricardo vai Murad.

Mário não vai Murad e Samir para ser desembargador só caindo da "Macieira". Para desanuviar a polêmica é melhor escutar o melô do caranguejo. Estamos como caranguejos, "andando para trás".

 

BOMBA: PILOTO DA MOTO QUE CONDUZIU ASSASSINO DE DÉCIO FAZIA COBRANÇAS PARA JUNIOR DE MOJÓ

Entre os presos suspeitos de coautoria na morte de Décio Sá, o alcunhado "Valdênio" foi reconhecido pelos evangélicos que oravam nas dunas no dia do crime. "Valdênio" pilotava a moto do assassino de Décio.

"Valdênio" morador da Vila Pirâmide, também foi reconhecido como cobrador das pendências do foragido "Junior de Mojó"."Valdênio" é proprietário de um frigorífico, o "Frigoboi", localizado na Av 01 na Pirâmide.

Junior de Mojó e Elias Orlando estão foragidos desde dezembro, acusados de ordenar a morte do empresário Margion Ferreira.  O assassinato do empresário ocorreu em consequência de transação imobiliária.

O "modus operandi" da prática criminosa no caso "Margion Ferreira" não parece coadunar com o caso "Décio Sá". Compulsei todas as postagens de Décio Sá sobre Junior do Mojó. Não enxerguei o condão de autorizar sua morte.

Junior do Mojó tem no histórico ligações com criminosos interestaduais. O fato poderia facilitar a importação do executor do crime. Não acredito ser essa a linha de investigação principal. Mas tudo é possível em consórcio criminoso.

Eis aí Valdênio José da Silva, o"Valdênio".


 

MORTE DE DÉCIO SÁ: INFORMAÇÕES ENVOLVEM GRAÚDOS E BAGRINHOS

Advogo a tese do imediato e impulso na dinâmica do crime que foi vítima o blogueiro Décio Sá. Não seria concebível média ou longa preparação sem execução em tempo anterior. Décio fazia postagens desafiadoras há vários anos.

Monitoramento, local do crime, forma de execução e fuga não deixam dúvidas do "Aqui e Agora". Quem matou Décio Sá chegou para "meter o bicho" e ir embora, quem sabe para sempre também. Esse arquivo ainda vive?

Décio Sá foi monitorado principalmente por hábitos e contatos. Local de trabalho de repórter, blogueiro ou jornalista não é fixo. Contudo existe uma base, que no caso de Décio Sá era o jornal "O Estado do Maranhão".

A partir dali a vítima poderia ter se deslocado para casa ou qualquer outro local. Décio Sá não tinha como rotina o Bar e Restaurante Estrela do Mar. Monitorado era possível ao pistoleiro, intuir sua permanência na Litorânea. 

Impossível era saber que Décio Sá escolheria o Estrela do Mar para fixar-se. Quem teria essa precisa informação? Quem idealizou na fuga a posição do carro atrás das dunas, sabia geograficamente do local adequado.

Analisando a dinâmica do crime é possível perceber o caráter imediato das ações. Entre o planejamento e a execução do crime não demorou 24 horas. Embora a vontade do(s) mandante(s) fossem bem anteriores a execução.

A morte de Décio Sá foi autorizada por impulso. As pistas deveriam obedecer a trilha das informações. Foi a partir destas que originou-se o fato. Como diz o ditado "o caminho do feio é por onde veio". Esse é o caminho, a verdade da morte.  

Nessa trilha tem graúdos e bagrinhos que conversavam com Décio Sá ao celular. No histórico dos interlocutores "ligações perigosa", pouco ortodoxa e almoços "nada republicanos". 

Cuidado se você usa impulso a próxima vítima pode ser você.

26 de abril de 2012

PARA NÃO DIZER QUE DUTRA NÃO FALOU DAS FLORES

CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ

Sem supervisão
Sessão: 093.2.54.O Hora: 14:56 Fase: PE
Orador: DOMINGOS DUTRA Data: 24/04/2012



O SR. DOMINGOS DUTRA (PT-MA. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, brasileiros e brasileiras que nos acompanham pela Internet e pela TV Câmara.

Este ano eu já denunciei por duas vezes desta tribuna ameaças de morte a jornalistas e blogueiros do Estado do Maranhão. Denunciei aqui ameaças de morte ao jornalista e blogueiro Luis Cardoso e César Bello. Apesar desses alertas, o Governo do Estado não tomou as devidas providências.

Ontem, lamentavelmente, à noite, o jornalista e blogueiro Décio Sá foi executado com seis tiros, sendo dois na garganta, dois na cabeça e dois nas costas, na Avenida Litorânea, na orla marítima de São Luís, uma avenida de maior movimento noturno da Capital do Estado.

Infelizmente, a pistolagem, que nós imaginávamos estar extinta no Maranhão, voltou com força nos últimos 3 anos, e agora estão sendo executados Prefeitos, empresários, lideranças de trabalhadores rurais e, na noite de ontem, esse jornalista e blogueiro.

No sábado passado, no Município de Buriticupu, o líder sindical Raimundo Cabeça foi também executado no final da tarde ao chegar a sua casa.

Ontem, repito, o jornalista blogueiro do Sistema Mirante, cuja audiência era muito grande, foi executado à noite, em um restaurante, no momento em que esperava a refeição e um amigo.

Exigimos do Governo do Estado uma política de segurança que valorize os policiais militares, o Corpo de Bombeiros, que incentive os policiais civis e dê proteção aos agentes penitenciários. Exigimos do Governo do Estado uma política de segurança com efetivo suficiente e infraestrutura necessária para combater a pistolagem.

É preciso que haja no Maranhão um secretário de segurança que entenda de segurança pública, Deputado Eudes, que organize um sistema de inteligência para desbaratar o crime organizado. Sem um sistema de inteligência ágil, competente para poder desorganizar a pistolagem, desarticular aqueles que a mantêm, continuaremos a ver maranhenses sendo executados de forma covarde, durante o dia e à noite, como aconteceu ontem com o jornalista Décio Sá.

Nós, da Comissão de Direitos Humanos, estamos encaminhando expedientes para as autoridades do sistema de segurança brasileiro, autoridades do sistema de segurança do Estado, a fim de que sejam adotadas providências imediatamente, não apenas para prender os executores, mas também os mandantes. Isso é fundamental.

O grau de violência praticado pelo pistoleiro na execução desses jornalistas — 6 tiros, sendo 4 tiros mortais na cabeça e no pescoço — revela que o mandante tinha grande ódio a esse jornalista.

É hora de haver segurança pública eficaz para proteger os cidadãos que trabalham. Nós também, com esse assinado, voltamos a nos preocupar com todos os brasileiros que estão ameaçados de morte no exercício de sua atividade profissional. Jornalistas, advogados, procuradores, promotores, juízes, lideranças sindicais são ameaçados simplesmente porque praticam com dignidade o exercício de sua atividade.

Sr. Presidente, é preciso endurecer as penas para crimes hediondos
, como esse, de pistolagem, em que a pessoa, mediante pagamento, executa o cidadão desarmado, desprevenido, de forma cruel, bárbara e covarde. 

Deixo, portanto, meu registro, minha solidariedade à filha, à esposa, à família do jornalista Décio Sá.



Gabinete do Deputado Domingos Dutra
Brasília: Câmara dos Deputados – Praça dos Três Poderes – Gabinete 806 – CEP: 70160-900
Fone (61) 3215-5806/ 3215-3806

DESABAFO DO LEITOR:PRIVILÉGIO DE POUCOS


PRIVILÉGIOS DE POUCOS: (até nisso o Maranhão ocupa o primeiro lugar no país).

Nós só temos a noção de dor, sofrimento, perda etc., quando sentimos na pele.

No dia 15 de Novembro de 2011, às 18:00hs, fui surpreendido na minha residência, onde funciona uma sala de games por quatro bandidos nervosos, amadores e inexperientes. Três do sexo masc. e uma do sexo fem. Tentei correr e levei um tiro praticamente na coluna. Deus teve compaixão de mim não me deixando morrer nem ficar paraplégico. Fiquei dez dias no superlotado Socorrão II, onde salvei minha vida, mas tendo vários órgãos atingidos como pulmão, estômago, intestino, além de ter perdido o rim esquerdo.

No dia do acontecido ligamos para a polícia e ambulância, nenhum compareceu. Fui socorrido por amigos e vizinhos. Minha esposa registrou queixa na decop, onde nenhuma providência foi tomada.

Dia 16 de Dezembro de 2011 dei meu depoimento para o escrivão. Cheguei a falar com o delegado apenas porque estava acompanhado de um advogado. O referido delegado me disse ser muito difícil descobrir os autores do crime, já que não anotamos a placa do Fiat strada branco que no qual os delinquentes fugiram e eu não garanti reconhecê-los.

Recentemente, uma delegada foi assaltada no Renascença durante a noite, motivo que dificultou a mesma de gravar na mente os rostos dos bandidos por estar escuro. Para minha surpresa, no dia seguinte a imprensa divulgou que a polícia já tinha pistas, porém ia mantê-las em sigilo para não atrapalhar as investigações.

Agora, diante desse caso cruel, que atingiu o jornalista e toda a sociedade que clama por justiça em todos os níveis da sociedade, eu também repudio e quero que a polícia chegue aos criminosos o mais rápido possível. Porém, acho que o aparelho de segurança do estado não deva tratar com diferenças gigantescas os mesmos casos, colocando vários delegados exclusivamente em um só em detrimento de outros, oferecendo quantias vultosas para quem dê pistas dos bandidos etc..

No meu caso, bastava um delegado e uma equipe que conhecesse a área para onde os bandidos correram (Santa Clara – Janaina - Cidade Olímpica). Não precisava oferecer muito, bastava quinhentos reais para qualquer drogado desses que agente encontra a toda hora por aqui e teriam encontrado os meliantes na mesma noite. Ainda cheguei a fazer dois retratos falados, mas nunca os vi na decop, mesmo tendo ido lá inúmeras vezes.

Meu estabelecimento ficou fechado por doze dias. Deixei de ganhar dinheiro, gastei parte do que já tinha. E daqui para frente não serei mais o mesmo fisicamente e psicologicamente.

Nunca fui visitado por ninguém dos direitos humanos, humanos direitos ou qualquer outro seguimento de defesa do cidadão. A polícia nunca me chamou para reconhecer qualquer bandido ou grupo de bandidos, que por ventura tenham sido presos no período do ocorrido, para ver se havia alguma semelhança com os que me lesaram.

Encerro com profunda indignação, devido ao tratamento diferenciado dado apenas a alguns casos pelo estado.

Antonio Evangelista Silva Gomes
(Brasileiro, Maranhense Casado, PM/RR).
     

TIRANDO O FOCO: CASO DÉCIO SÁ VIRA FÁBRICA DE FATOS

Não parece ingenuidade, imaturidade ou caridade a profusão de versões em torno da morte de Décio Sá. A estratégia é coisa de "profissional" em Atos & Fatos. Quem conhece não estranha a iniciativa dos meios ou mesmos.

As versões desencontradas servem para confundir a opinião pública. As postagens parecem estar a serviço de "forças ocultas". Uma iniciativa é para o flores fúnebres de Décio Sá, a outra para despistar as pegadas da ferradura assassina.

É preciso focar as investigações de forma real e fundamentada. Do contrário a morte de Décio Sá transforma-se em instrumento de interesses financeiros dentro da blogosfera. Infelizmente tem gente que é capaz de tudo por dinheiro.

Os pistoleiros eletrônicos que pululam a blogosfera atiram para todos os lados. Ninguém sabe se para desfocar as evidências ou para focar no próprio bolso. Quem já os conhece pode comprá-los facilmente. Mantemo-nos pela credibilidade.

Informar sobre os fatos é diferente de provar autoria delitiva. Por dever de ofício é preciso ponderar entre o real e imaginário. À Polícia fica a função de diligenciar no sentido de colher provas testemunhais, periciais ou documentais.

A Justiça cabe processar em autos a denúncia, os depoimentos,  as alegações preliminares,  as alegações finais e  a sentença. Da sentença cabem os recurso para que ao final do trânsito em julgado, o réu seja considerado culpado pelo crime

Blogueiro que deseja assumir os trabalhos da Polícia ou da Justiça, tem interesse em inocentar "alguém". Ninguém tem o dever ou direito de apontar qualquer pessoa como executor ou mandante sem as provas e procedimento legal.

Por isso deu no que deu.


COTIDIANO: BIA MENTINDO NO PAÇO E ROSEANA "EMERGENCIANDO" EM BRASÍLIA

A morte de Décio Sá congestionou as linhas de produção dos blogs do Maranhão. No retorno ao cotidiano de saída a "coletiva" de Bia Venâncio no Paço e Roseana Sarney "emergenciando" 23 milhões em Brasília.

De Bia Venâncio a famosa racionalização: "as ações de improbidades movidas pelo Ministério Público não me deixam trabalhar". Como se o MP tivesse a obrigação de largar as prerrogativas de fiscal da lei .

Roseana Sarney aparece risonha garantido 23 milhões para o abastecimento de água em São Luís. A informação é alvissareira, não fosse o caráter emergencial que permitirá mais uma dispensa de licitação.

As mentiras de Bia Venâncio se juntam aos artifícios de Roseana Sarney. As duas acumulam riquezas a cada dia que detém as chaves dos cofres públicos. A Justiça dos homens não conseguem puni-las exemplarmente.

Os pistoleiros silenciaram Décio Sá, que por sua vez silenciava em relação aos desvios, fraudes e falcatruas de Bia Venâncio, Ricardo Murad e Roseana Sarney. Os buracos nos cofres públicos a cada dia ficam maiores.

O buraco que guarda Décio Sá está lacrado. Daqui a pouco não se fala mais nada disso. Não é o meu caso, mesmo que o caminho seja o de outro buraco. 

CASO DÉCIO SÁ: VALOR DA RECOMPENSA ATRAPALHA AS INVESTIGAÇÕES

O valor da recompensa estipulado em R$ 100 mil (cem mil reais), tem atrapalhado o trabalho da força tarefa formada para investigar o assassinato do blogueiro Décio Sá.  A quantia é a maior já oferecida no Brasil.

A recompensa além de despertar o imaginário da população, tem servido de justificativa para o deslocamento da força policial de forma desnecessária. Muitos dos chamados não tem qualquer relação com a morte de Décio Sá.

Procurei fontes fidedignas na Polícia Civil para auscultar sobre o andamento das investigações. Tem logística com três viaturas, corpo policial experiente e equilíbrio nos levantamentos preliminares.

A linha jornalística adotada pelo blogueiro é a principal fonte para as apurações. O que foi publicado e aquilo que ficou guardado. O preço do silêncio muitas vezes é mais caro do que a exposição dos fatos. 

Na noite fatídica, Décio Sá, deixou a redação do jornal "O Estado do Maranhão" muito tenso segundo apurado. A sua tradicional irreverência deu lugar a divagamento próprio de quem teme pela vida.

Décio Sá não tinha problemas em família e não há notícia de bravatas físicas em toda sua existência. O paiol está nas "Bombas" que Décio publicou, ou nas que ele deixou de publicar no seu irreverente Blog.

O material é farto, existe o prioritário. A seleção não obedece ordem cronológica. Há critérios motivadores pautados no imediato e no distanciado, característicos nos crimes de vingança pela exposição da honra.

A pressa daqueles que se intitulam intempestivamente inventariantes dos espólio de Décio Sá, também é empecilho às apurações. Morte de "personal traine", fotos do assassino, teses estapafúrdias só atrapalham.

Pedimos por "caridade" cautela e fundamentação na veiculação dos fatos. Trata-se da morte de um colega de profissão. Todos nós somos passíveis do mesmo destino. Tem uns que por amizades e almoços não.

FAMEM NOTA DE RESISTÊNCIA