26 de abril de 2012

CASO DÉCIO SÁ: VALOR DA RECOMPENSA ATRAPALHA AS INVESTIGAÇÕES

O valor da recompensa estipulado em R$ 100 mil (cem mil reais), tem atrapalhado o trabalho da força tarefa formada para investigar o assassinato do blogueiro Décio Sá.  A quantia é a maior já oferecida no Brasil.

A recompensa além de despertar o imaginário da população, tem servido de justificativa para o deslocamento da força policial de forma desnecessária. Muitos dos chamados não tem qualquer relação com a morte de Décio Sá.

Procurei fontes fidedignas na Polícia Civil para auscultar sobre o andamento das investigações. Tem logística com três viaturas, corpo policial experiente e equilíbrio nos levantamentos preliminares.

A linha jornalística adotada pelo blogueiro é a principal fonte para as apurações. O que foi publicado e aquilo que ficou guardado. O preço do silêncio muitas vezes é mais caro do que a exposição dos fatos. 

Na noite fatídica, Décio Sá, deixou a redação do jornal "O Estado do Maranhão" muito tenso segundo apurado. A sua tradicional irreverência deu lugar a divagamento próprio de quem teme pela vida.

Décio Sá não tinha problemas em família e não há notícia de bravatas físicas em toda sua existência. O paiol está nas "Bombas" que Décio publicou, ou nas que ele deixou de publicar no seu irreverente Blog.

O material é farto, existe o prioritário. A seleção não obedece ordem cronológica. Há critérios motivadores pautados no imediato e no distanciado, característicos nos crimes de vingança pela exposição da honra.

A pressa daqueles que se intitulam intempestivamente inventariantes dos espólio de Décio Sá, também é empecilho às apurações. Morte de "personal traine", fotos do assassino, teses estapafúrdias só atrapalham.

Pedimos por "caridade" cautela e fundamentação na veiculação dos fatos. Trata-se da morte de um colega de profissão. Todos nós somos passíveis do mesmo destino. Tem uns que por amizades e almoços não.

Um comentário:

  1. Anônimo13:33

    Quanto a morte do ilustre blogueiro e da manifestação de repudio pelo principal suspeito, e olhando fotos do velório no blog do Jhon Cutrim, lembrei quando da morte do sem-terra Miguelzinho, onde os assasinos de sangue frio foram ao velorio e ainda mandaram cafe e açúcar e uma coroa de flores, e logo depois comemoraram em sua chacara com um churrasco e riam contando o fato e dizendo:"Não era terra que ele queria, tomou terra na cara", de nada me surpreende tanta frieza, mais a policia e a justiça estão de olho!

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