O blogueiro Gilberto Léda publica diálogo interceptado pela Polícia Federal na "Operação Sermão aos Peixes", em que um suposto funcionário de nome Inácio conversa com uma pessoa não identificada, provavelmente ligadas a Secretária de
Saúde de Coroatá e outra da Secretária de Saúde do Estado.
Na conversa interceptada por autorização judicial o "grifado" pede a contratação em Coroatá de Clenildo Bezerra e Tatiana. O documento da Superintendência de Polícia Federal do Maranhão - diálogo 5977002 - não informa se ambos foram de fato contratados e quem fez a contratação solicitada nos diálogos interceptados pela PF.
A descontextualização - por parte dos blogueiros ligados a Ricardo Murad - é mais grave no último parágrafo, quando a PF atesta existir um investigado - a quem o investigado é ligado ? A PF informa que em março de 2015, o investigado já tinha dados sigilosos. Donde se pode concluir que já era da ORCRIM.
E para evidenciar os vínculos relatados eram anteriores - gestão de Ricardo Murad - do investigado com a ORCRIM, a PF relata que "sabiam os hospitais que iriam administrar", concluindo que a ICN - afastada pelo atual governo - sagrou-se vencedora em dois contratos. Mas a trucagem esqueceu de um detalhe/ palavra fundamental.
A seguir um "Não", letra maiúscula, iniciando o parágrafo prepara a possível negativa - "Não se pode concluir a participação ...." em relação a alguém. Entendo que os investigados são pessoas do "antigo regime/sistema" ligados a ORCRIM, que continuaram dentro da malha funcional, tentando dar continuidade ao processo de desvio.
Se por ventura o investigado que figura no "diálogo da PF" for funcionário público, a sua fala/ atitude isolada não representa a postura do governo. Todavia apurado os fatos, concluindo-se pela participação ativa/passiva do suposto funcionário nos atos de corrupção/ tráfico de influência, o mesmo deve ser exonerado e responder criminalmente.