Os aliados do governo vivem em constante disputas dentro da Assembleia Legislativa. Cargos, funções e estrutura de funcionamento são encarniçadamente porfiados por todos deputados.
"Farinha pouca, meu pirão primeiro" é o lema dos governistas. O ápice é a Presidência da Mesa Diretora. Embora disponibilize orçamento próprio e centenas de cargos nunca agradará a todos.
Depois vem as lideranças, vice-lideranças e as presidências das comissões mais importantes. Conhecer a estrutura e saber articular-se é de fundamental importância para as conquistas.
Ocorre que o Poder Legislativo não é um dos três poderes no Estado do Maranhão. É simplesmente um poder na faixa dos três "ts"- tolhido, tutelado e tolerado. Só isso e nada mais.
Basta uma ordem do Executivo que tudo desmancha-se como um "castelo de cartas". Foi assim na escolha do líder do governo, da liderança do bloco governista e na Comissão de Constituição e Justiça.
O Maranhão sabe que Milhomem é o lugar-tenente de Lobão na Casa. Permitir que na condição de suplente Tatá exercesse a liderança do bloco, indicasse o Presidente da CCJ sinalizava aceitando a força de Lobão em 2014.
Esperta, Roseana Sarney, equilibrou com Cesar Pires que retorna "as boas" com os Leões e a Leoa. Competente, articulado, bom orador deve dar melhor estrutura a defesa de um governo combalido por fraudes, desvios e falcatruas.
Apenas uma observação fica subliminar ao atual líder do governo, que em momentos chegou a discordar da Sarney. "Quem come do meu pirão, prova do meu cinturão". Arnaldo Melo já é outro depois da 12 "chibatadas".