Completei neste sexta(17) "agosto de Deus", 53 primaveras . O gosto de remoçar a partir dos 52, pela "rica" experiência de blogueiro. O desgosto de ver os mesmos desmandos e a perspectiva de continuismo.
Conheço Sarney desde "criancinha". Convivi de próximo dos 18 aos 22 anos. O suficiente para entender o funcionamento desta estrutura viciada e anacrônica. Da convivência nada depõe contra minha pessoa.
O meu pai, o desembargador Luís Bello era amigo do desembargador Sarney Costa, genitor de Sarney. A aproximação foi inevitável pelos laços familiares. As práticas políticas bem divergentes. Daí o afastamento .
Confesso que se pudesse voltar no tempo não repetiria a desgastante convivência. Incompreendido nas minhas práticas não continuei no grupo. Entre as marcantes o pedido de legalização do Partido Comunista.
O resultado do "desplante"(ousadia) foi o afastamento da Juventude Democrática Social, a pedido do Senador José Sarney. O Congresso acontecia em Brasília e era presido por Sarney, Presidente do PDS.
Sarney chamou Ezir Spíndola, uma espécie de Chiquinho Escórcio na época e autorizou o meu afastamento. Ezir me conduziu até um hotel . Só sai no dia do encerramento do Congresso da Juventude do PDS.
Em entrevista no Jornal do Brasil (1981) declarei apoio a legalização do Partido Comunista. Essa foi a razão de ser considerado "perigoso". A versão do "louco" é tática da desqualificação. Foucault explica.