Nicolau Gogol é uma bússola para aqueles que apreciam a narrativa satírica. Seus contos em especial "O Nariz" é leitura obrigatória aos narradores do mundo político. O espaço na blogosfera é para deleite, portanto admite o riso.
A crítica mordaz recai sobre um burocrata de "nariz em pé". O funcionário de alta patente vai a barbearia aparar o bigode, o barbeiro corta-lhe o órgão que respira, espira e cheira. Bem que a ficccional sina poderia recair sobre Sarney.
Sarney neste domingo(6) reclama do cheiro de São Luís. O artigo publicado no jornal de sua propriedade, "O Estado do Maranhão" é modorrento, azinabrado e sem memoria real dos fatos. Sarney isenta-se do fedor produzido pelos políticos.
Sarney fala de lixo, sujeira, podridão como se não fosse o responsável pelas indicações dos prefeitos biônicos Haroldo Tavares, Fernando Filaho, Bayma Junior, Roberto Macieira e Mauro Fecury.
Sarney foi ao longo destes podres 50 anos governador, senador, presidente da república por duas vezes, presidiu o Senado em 5 mandatos e não fez nada para melhor as condições sanitárias de São Luís? Porque não fez?
Sarney não gosta de São Luís, o motivo são as surras eleitorais que os ludovicenses lhe aplicam durante estes podres 50 anos. Alguém já viu Sarney no Mercado Central? Na Vala da Macaúba? Na Rua da Vala na Liberdade? No "Xirizal"?
Essa história de cheiro/fedor/podridão faz lembrar de Fernando Caixão, dono da Funerária Maranhense e de "olfato" privilegiado. Fernando Caixão quase "quebra" o dono do Restaurante "O Cheiro do Garfo", que para atrair fregueses anunciava:
"Se adivinhar a comida pelo cheiro do garfo não paga nada".
Caixão tomou conhecimento da promoção, dirigiu-se ao local pediu o garfo e gritou "lasanha à bolonhesa", acertando em cheio. No dia seguinte pediu o garfo e acertou na mosca- "tucunaré na brasa". Fernando Caixão tornou seu "almoço" em espetáculo.
O dono do restaurante o caxiense, Silva Alderico resolveu dar fim a mordomia de Fernando Caixão. Casa cheia, Caixão chega para almoçar e a "galera" espera a chegada do garfo. Silva Alderico pega o garfo e lambuza nas entranhas da cozinheira de nome Creuza.
Silva Alderico conta a procedência do cheiro do garfo para alguns desembargadores presentes e o entrega a Fernando Caixão, que cheira e de inopino(de súbito, com espanto) grita "Eu não acredito que Creuza esteja trabalhando aqui".
Sarney está como Fernando Caixão que se espantou com o cheiro do que conhecia. Na realidade o fedor, a podridão, o lixo vem do próprio nariz, pois o afilhado e Secretário de Desenvolvimento Fernando Fialho é citado na Operação Porto Seguro.
Sarney sentiu o cheiro do "peixe estragado" no Porto de Santos e antecipou a volta a Brasília para a terça-feira(8). Fernando Fialho estrategicamente abrigado na Secretaria de Desenvolvimento, buscará mandato de deputado federal para fugir da podridão.
O mesmo caminho fez Weverton Rocha recentemente, com auxílio eleitoral de Flávio Dino. A diferença não está no "nariz" de Sarney ou Flávio Dino, mas no bigode que serve de proteção para o olfato.
Pela independência do Blog do Cesar Bello faça sua doação através da Conta 24.457-0, Agência 1611-X do Banco do Brasil.