Venho repetindo que a interinidade de Sarney na Presidência não é homenagem ou destino. Esse destino foi traçado com objetivo de mandar recado ao Congresso Nacional, Polícia Federal e a Justiça.
Sarney "tirou do nada" uma homenagem ao "3 estrelas" Petternelli, o segundo do Ministério da Segurança Institucional- Petternelli seria a versão moderna do general Golbery do Couto e Silva.
Sarney ameaça de forma velada para que não "dê em nada" os escândalos que envolvem Lula, Dilma e ele próprio. Sarney teria posto sua influência a favor do interesse da ORCRIM no TCU.
O ex-auditor do Tribunal de Contas da União(TCU) Cyonil Borges disse que o presidente do Senado, José Sarney teria influenciado o ex-Ministro Marcos Vilaça(TCU) em favor dos irmãos Vieira.
"Paulo Vieira
disse que pediria a José Sarney, que indicara, à época, o ministro
Vilaça, para reencaminhar o processo à secretaria de São Paulo e, assim,
autorizasse a inspeção.”
O retorno do processo possibilitaria beneficiar a empresa Tecondi em auditoria que
discutia irregularidades em contrato de arrendamento de áreas do Porto de Santos.
Sarney como sempre faz quando envolvido em "atos secretos", negou ingerência no
processo do TCU que discute o arrendamento de áreas do Porto de Santos à
Tecondi.
A revista Veja desta semana trás a matéria do envolvimento de Sarney. Vale resaltar que o ex- Ministro Marcos Vilaça foi nomeado por Sarney na época em que presidia a República do Brasil.
O ex-Ministro Vilaça também chegou a Academia Brasileira de Letras(ABL) por Sarney. Portanto Sarney teria capacidade de influenciar no TCU, ABL,ANA, ANAC, ANTAQ......
"Esse Destino". É por isso que chamo José Sarney de "Zé Bandalha". Está envolvido em tudo que não presta, tem o controle por visão panóptica(olhar do poder), flagrado nega até a morte.
Na VEJA.com:
Delator do esquema de venda de pareceres em órgãos federais, o ex-auditor do TCU Cyonil Borges disse que o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP),
teria posto sua influência a favor dos interesses da organização no
Tribunal de Contas da União (TCU). Em denúncia enviada ao Ministério
Público Federal (MPF), ele relatou que o ex-diretor da Agência Nacional
de Águas (ANA) Paulo Vieira teria conseguido alterar a tramitação de processo em favor da empresa Tecondi após acionar Sarney. O senador nega.
De acordo com o inquérito da Operação Porto Seguro,
Vieira fazia lobby no TCU para beneficiar a Tecondi em auditoria que
discutia irregularidades em contrato de arrendamento de áreas do Porto
de Santos, no litoral paulista. A Polícia Federal sustenta que o
ex-diretor ofereceu propina de 300 000 reais para que Cyonil elaborasse
parecer favorável à empresa.
Em
2007, o ex-auditor se manifestou contra a permanência da Tecondi no
terminal paulista. O processo foi remetido ao gabinete do então relator,
Marcos Vinícius Vilaça, hoje aposentado. Entre
2008 e 2010, Vieira teria operado para que o TCU determinasse nova
inspeção pela Secretaria de Controle Externo (Secex), em São Paulo. Com
isso, haveria a chance de outro parecer, favorável à empresa, ser
elaborado.
Na
representação, de 15 de fevereiro de 2011, Cyonil relata conversas com
Vieira, nas quais o ex-diretor teria citado o senador. “Paulo Vieira
disse que pediria a José Sarney, que indicara, à época, o ministro
Vilaça, para reencaminhar o processo à secretaria de São Paulo e, assim,
autorizasse a inspeção.” Rejeitado pelo Senado, Vieira só foi nomeado
para a diretoria da ANA após manobra de Sarney.
Ao MPF, o delator contou que o lobby renderia frutos a Vieira, pois os
donos da Tecondi o auxiliariam em campanha a deputado federal.
Outro lado
– O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), negou ingerência no
processo do TCU que discute o arrendamento de áreas do Porto de Santos à
Tecondi. Segundo a assessoria do senador, ele não fez qualquer gestão a
respeito e as declarações de Cyonil Borges são “inverídicas”.
Em e-mail
enviado por sua assessoria, Paulo Vieira disse: “Nego. Nunca falei com
Sarney sobre isso”. Segundo ele, o processo foi encaminhado a São Paulo
pelo ministro do TCU José Múcio, no início de 2010, atendendo a um
pedido da Codesp. O ex-diretor informou que, à época, não era ainda
conselheiro da companhia.
Múcio
disse que não houve conversa com Sarney ou Paulo Vieira sobre o caso da
Tecondi. De acordo com a assessoria de gabinete do ministro, nenhuma
decisão dele e do plenário do tribunal no processo foi favorável à
empresa, apesar do parecer de Cyonil sugerir o contrário. E, além disso,
até a Operação Porto Seguro, não se sabia que o relatório do auditor
era comprado.
Por Reinaldo Azevedo