"De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos do maus, o homem chega a desanimar das virtudes, a rir da honra, a ter vergonha de ser honesto"(Senado Federal, RJ. Obras Completas, Rui Barbosa,v.41, t. 3, 1941, p. 86).
As nomeações de Olga Simão e Alberto Franco nas pastas da Ciência e Tecnologia e Assuntos Estratégicos reproduzem os critérios de um modelo político anacrônico. Essa mentalidade pautada no fisiologismo clientelista está impregnada no desgoverno de Roseana Sarney.
Não é por falta de quadros na base governista, posto que seria leviano não reconhecer sua existência. O problema é que quem pensa bem no governo é alijado ou tolerado. O próprio Luís Fernando Silva pode estar com seu prazo de validade estabelecido e terminar como o irmão, Fernando Silva, colecionando carros velhos.
Fico imaginando Alberto Franco em uma reunião de Assuntos Estratégicos em Brasília. Olga Simão debatendo com cientistas de nomeada internacional sobre a base de Alcântara. Para quem já foi "Atenas" fica "apenas" a frustração de ver o triunfo das nulidades.
Segundo Francis Bacon "saber é poder", mas no Maranhão é um estigma, passando seu possuidor a ser visto como perigoso. Um governo que despreza seus intelectuais e castra o desenvolvimento científico não merece credibilidade.