Os casos de natureza sexual sempre causam grande comoção na opinião pública. Para o jornalismo "marrom de cocô" é fonte de renda. Os blogueiros oriundos desta matriz da imprensa brasileira pautam suas condutas no sofrimento alheio.
Nada importa, o importante é ter audiência ou visualizações, para a satisfação pessoal destes biltres do jornalismo impresso, televisivo ou eletrônico. Pouco existe de opinião nas matérias, pela ausência ou falta de sólida formação acadêmica,moral, cristã e humana.
Não se pode confundir coragem de opinar com a covardia de denegrir. Não se pode esconder os fatos reais sem que seja oportunizado outras linhas de investigações. Fatos que envolvem crimes sexuais fragilizam a defesa do agressor pelo repúdio popular, mas não retiram a capacidade de análises de quem os publica. Essa é a diferença seja na polícia ou na notícia. Opinar com fundamentos e investigar sem preconceitos.
O diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional Dominique Strauss-Kanhn, foi retirado de um avião e levado preso sob a acusação de assédio sexual, pagou fiança milionária e teve os bens confiscados. Agora a polícia americana mostra a outra face do fato. A camareira que se dizia vítima do assédio tramou com um traficante a versão do assédio sexual.
Dominique Strauss-Kanhn aguentou pacientemente as acusações. Por mais milionárias que sejam as indenizações, o sofrimento moral será permanente. Que a lição do mundo recaia sobre o submundo do jornalismo impresso, televisivo, radiofônico e eletrônico.