17 de março de 2014

O CREPÚSCULO DAS BESTAS : ERRO DE INTERPRETAÇÃO SOBRE O SARNEÍSMO

Pecam os articulistas  quando interpretam pelo fim do sarneísmo. O engano ocorre por ignorarem a história política universal/nacional/estadual/municipal.

O modelo político do sarneismo é pautado na Casa dos Médici- aquele que originou a obra, O Príncipe de Maquiavel. Este modelo admite as pausas no poder como instrumento de manutenção.

Sarney mantem-se no poder por quase 50 anos. A relação com o Planalto tem sido decisiva na perenidade do seu grupo e não deve esgotar-se com o resultado das eleições de 2014.  

O convite da Presidente Dilma para Roseana Sarney compor o futuro Ministério  é real. Roseana Sarney ficará no governo para garantir a vitória do seu candidato, Luís Fernando.

A partir da presença de Roseana na Esplanada dos Ministérios  o sarneísmo se enterra pelas mãos da Sarney, nascendo viçoso o roseanismo. Assim fizeram os Médici na Itália durante 150 anos.

Sarney praticou os ensinamentos dos Médici- pausa no poder, nos governos de Pedro Neiva, Nunes Freire, João Castelo, Luís Rocha, José Reinaldo. Eram 2 anos perto, dois anos longe.

Anunciar o fim do carcomido sarneísmo é ignora o nascimento do roseanismo vigoroso, que no caso de vitória de Flávio Dino passaria de vidraça à pedra. Portanto, o crepúsculo é de besta. 

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