IGOR LAGO : LIGEIRAS REFLEXÕES SOBRE AS ELEIÇÕES DE SÃO LUÍS
Uma ligeira reflexão sobre as eleições em São Luis Com relação ao nosso partido, o PDT, ressalto que a sua participação
nestas eleições é a mais deprimente de toda a sua história. Quando
presidente da Comissão Estadual fui testemunho do trabalho liderado pelo
professor Moacir Feitosa e a professora Jô Santos, presidente e
secretária geral, respectivamente, do último Diretório Municipal de São
Luis. Antes de todo aquele processo, que culminou com a violência
daqueles senhores (o ex-ministro Carlos Lupi e o eterno secretário geral
nacional Manoel Dias) contra o nosso partido local, e que colocaram os
atuais dirigentes estaduais e municipais - a grande maioria sem o
crédito de nossa sociedade -, havia uma lista de 52 nomes como
pré-candidatos a vereador. Os atuais dirigentes da violência lupista só
conseguiram nominar 20 e, segundo as últimas notícias, apenas 14 destes
estão em campanha eleitoral. Como se não bastasse, o processo de
escolha sobre o rumo a seguir pelo partido não foi discutido, sequer
colocado para a sua militância. Nada disso. Tudo fora decidido em
Brasília no ano passado, a quatro paredes, ainda no Ministério do
Trabalho e Emprego (antes que o ex-ministro fora demitido por causa dos
inúmeros escândalos noticiados pela imprensa nacional) com a
participação de nossos ilustres dirigentes e de outro dirigente
partidário local que, ora, acha-se ungido à condição de “São Sebastião”
das oposições maranhenses. A nossa ideia, em relação a São Luis,
seria iniciar as discussões neste ano e, num ambiente democrático,
formar uma grande chapa de candidatos a vereador e optar pelo rumo que a
maioria decidisse em caso de não haver consenso. Todos sabiam desta
nossa intenção. E, não tenho dúvidas, seria a melhor homenagem que
poderíamos prestar ao nosso falecido líder. Entretanto, os atuais
dirigentes aproveitaram (com a lógica do controle cartorial dos
dirigentes nacionais!) os desdobramentos da crise, que atingiu e
derrubou o ministro, para golpear o nosso partido. Lamentavelmente é o
que estamos presenciando. Um quadro triste: Os piores dirigentes da
história maranhense à frente do partido de Jackson Lago! A Oligarquia,
sorrateira, agradece. De forma antidemocrática impuseram uma
aliança com um candidato de outro partido menor que o nosso que, apesar
de ter exercido dois mandatos de vereador e, atualmente, exercer o de
deputado federal (embora licenciado a favor do suplente “menino de
ouro” do Lupi, que encontra-se encurralado por vários processos
judiciários por improbidade administrativa e, mesmo assim, ainda tenta
cassar, injustamente, o mandato de outro deputado federal eleito,
democraticamente, pela coligação que apoiou a candidatura Jackson Lago
em 2010), sem tradição com as lutas históricas populares e democráticas
da ilha de São Luis. Não há projeto de relevância para a cidade de
São Luis ou um discurso qualquer na Câmara dos Deputados desse candidato
que justifique o apoio do PDT! A recente vinda do Lupi a São Luis
representa o escárnio a toda a nossa história de partido popular e
democrático. Demonstra que, como dirigente partidário nacional, não
segue em nada os preceitos brizolistas. Nada aprendeu com um dos maiores
líderes políticos deste país. Ao contrário, aproximou-se, segurou a
pasta, concordava com tudo (mesmo com os eventuais erros!), balançava o
queixo positivamente, assenhoreava-se da situação para, taciturnamente,
desfigurar o PDT num partido de negociatas. E, se desdenhou do
significado brizolista, o faz, agora, sem o menor escrúpulo, do legado
de nosso Jackson Lago. Portanto, companheiras e companheiros do
PDT, com todo o respeito que lhes tenho e por uma questão de coerência
política, não posso concordar com esse rumo partidário. Para mim, é o
rumo da violência, da discórdia, do arbítrio. É o que há de pior para o
nosso partido. Saudações Trabalhistas! Igor Lago. 07/08/2012.
E aí companheiro qual é o rumo? Que caminho sinalizar para a militância jackista/pedetista?
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