27 de julho de 2012

MUDA: MARANHÃO SINÔNIMO DE MENTIRA E DA MENTALIDADE POLÍTICA ATRASADA

É vergonhosa a concepção que o Brasil tem do Maranhão. Como se não bastasse o próprio significado que foi dado a palavra , o significante político-institucional é no sentido da mendacidade.

Talvez seja esta a razão do versejar do senador Sarney- "Maranhão Minha Terra Minha Paixão". O padre Vieira pelos idos de 1650 alertava que nas terras gonçalvinas "até o tempo mente".

Antônio Lobo fundador da Academia Maranhense de Letras preocupou-se em denunciar a política de "chefetes". Em raríssimo livro ele cobra em "História Política do Maranhão" a mudança de mentalidade.

"Benedito Leite Um Verdadeiro Republicano" é outra raridade. A obra de autoria de Jerônimo de Viveiros mostra que a mentalidade aferrada a permanência no poder dista de longa data.

Paulo Ramos governou o Maranhão de l936 à l945, em substituição a Aquiles Lisboa cassado pela Assembleia Legislativa do Estado. Fruto de golpe Ramos foi indicado por Getúlio Vargas. 

Vitorino Freire pega o bastão em 1946 para só deixar de influenciar definitivamente em 1971. Pernambucano conhecido como "bala na agulha" comandou de forma tacanha e humilhante os destinos do Maranhão.

José Sarney também de família de sangue pernambucano substituiu a Vitorino Freire. São 50 anos de mentiras e atrasos que somam-se a outros tantos conforme o pequeno apanhado epigrafado.

Flávio Dino é  promessa do rompimento dos grilhões da mentira e do atraso. O problema é que a promessa já se parece muito com a mentira. Em nome do pragmatismo a "praga" parece ter continuidade.

Seria a palavra Maranhão, a responsável por séculos de mentiras e subdesenvolvimento? Não creio na hipótese absurda em que o significado possa influenciar de forma determinante o significante.

Apesar da leitura compulsiva Sarney não praticou nem as lições do " Pequeno Príncipe" de Saint Exupery. 




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