A pistolagem divide espaço de poder em muitas administrações no interior do Maranhão. A ausência do poder público permitiu a consolidação desta força paralela no Estado. Nunca existiu mapeamento dessa perniciosa realidade.
A pistolagem elege prefeitos, vereadores, deputados estaduais, federais e senadores no Maranhão. O problema atravessa décadas sem qualquer estratégia de combate. O mínimo seria identificação dos focos de maior incidência.
O falecido Senador Vitorino Freire notabilizou-se pelo uso das surras. Erasmo Dias retrata em seus artigos jornalísticos o uso da "jagunçada" na política no Maranhão. No livro Erasmo Dias & Noites, Nauro Machado faz o resgate.
José Sarney permitiu a grilagem em terras maranhenses. Os grileiros patrocinaram o avanço da pistolagem em todo o Maranhão. O progresso da pistolagem permitiu a participação deste criminoso segmento na atividade política.
Ao chegarem ao poder, multiplicaram as atividades ilícitas, lavando o dinheiro público em negócios de fachada. Todo o processo torna difícil a criação da CPI da Pistolagem. Eleição sem pistoleiro é eleição para posseiro.
A inteligência deveria fazer o mapeamento das regiões mais críticas. São nessas regiões que os pistoleiros são contratados ou contatam com os "colegas de profissão" de outros Estados. Isso dificulta o reconhecimento nas regiões de ação.
Existem bons mecanismos para esse fim, que aplicados em outros Estados do Norte e Nordeste apresentaram excelentes resultados. Segurança Pública tem que investir pesado em logística e inteligência.
Imagino que os pistoleiros depois de matarem covardemente Décio Sá, devam ter como lema: "Blogueiro bom é blogueiro morto". É importante respondermos de forma corajosa a mais esta intimidação a liberdade de imprensa, senão "viveremos mortos".
Nenhum comentário:
Postar um comentário