11 de dezembro de 2011

EM REFERÊNCIA AO SERVILISMO : ESSA NEGÁ FULÔ DE JORGE LIMA

O poema "Essa Negra Fulô" do alagoano Jorge de Lima é a tradução do sentimento escravocrata. Tal entendimento ainda perdura de forma subliminar, principalmente no nordeste brasileiro.

O maranhense Aluísio de Azevedo ao criar o personagem Firmo no romance O Cortiço, mostra o estigma da raça negra e ausência de oportunidades. Essa realidade também perdura nos dias atuais.

Independentes de raça a vida fácil, o capadócio, o servilismo não existem hoje só nos mucambos. Senzala e cubata ganharam novos contornos. A forma latente(oculta) aprimorou-se e segue o rito da anterior.

O pernambucano Gilberto Freire na sua inquiridora obra "Sobrados e Mucambos" instiga: "Para que a máquina cara, difícil, complicada de moer isso, de fazer aquilo, quando havia o negro fácil, simples e barato".

No Maranhão impera o genuflexório sem distinção de raça, religião, instituição, ideologia. Uma grande parte de joelhos pede as bençãos ao poder representado pela família Sarney.

Uma referência ao servilismo muito em voga entre os blogueiros. E uma homenagem aos negros do Maranhão que não aceitam a canga e nem sentem saudades da chibata.


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