A duplicação da Br-135 já foi anunciada umas "trocentas" vezes. Todos os candidatos ao cargo de Presidente(a) da República prometem a realização da obra. Depois de eleitos ignoram a existência da única rodovia federal que permite o exclusivo acesso por via terrestre a Ilha de São Luís.
É um longo trecho que tem início antes da cidade de Rosário, estendendo-se até o aeroporto de São Luís. Entre macas e tendas, por terra uns já chegam mortos , outros por via aérea prometem não retornar nem mortos.
O isolamento de São Luís assemelha-a a intransponível "Macondo" do romance "Cem Anos de Solidão" de Gabriel Garcia Marques. Muitas histórias tristes de famílias que perderam seus entes no "Funil da Morte do Maranhão".
Hoje um deputado-médico ao ouvir os recorrentes discursos dos colegas com frases do tipo: "agora é para valer", "a vez é essa", "vamos todos juntos empurrar na mesma direção" lembrou-me da anedota do espermatozoide aleijado.
Sem uma das pernas o coitado queria duplicar, gestar, produzir. Quando os canais seminais penianos indicaram excitação ele ficou em primeiro plano. Protegido pelo plasma seminal e impulsionado pelas bases alcalinas foi lançado na direção do suposto canal vaginal.
De repente já nas imediações da glande, o espermatozoide aleijado grita desesperadamente: para, para, para é só uma punheta. Já era tarde, combalido e aleijado o espermatozoide morre em contato com a atmosfera, entre dedos e suspiros.
Essa história de duplicação da BR-135 virou masturbação eleitoral. Não dá para levar a sério 4 senadores, 18 deputados federais, 42 deputados estaduais, 2 Ministros(Energia e Turismo), o Presidente do Senado, o Presidente da Embratur e nada além de mortes. Somos mais do que espermatozoides aleijados.
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