As famílias Sarney e Murad sabem que Ricardo tem problemas de reconhecimento e o ego inflável, bastando qualquer elogio que a satisfação se estampa em largo sorriso.
Ricardo Jorge Murad sofre desde a infância por carregar no próprio nome, o do irmão mais velho Jorge. Parece que Ricardo sempre esteve a reboque de Jorge, que mais gracioso na estética sempre conseguiu chamar mais atenção, enquanto ele gordo à época, foi alcunhado em casa de "Javali" e na rua de "Porco-Bravo".
O poder de sedução de Jorge Murad fez a filha do ex-governador José Sarney, deixar o namorado o advogado Sérgio Serra Costa, sobrinho do então governador Pedro Neiva de Santana, para apaixonar-se de forma tresloucada pelo jeito "ripongo" (hipie) e onírico, daquele cabeludo que com calças "boca de sino", tocava violão nas madrugas do Bairro do Olho D'Agua.
O tempo passou e Jorge governou-a desde sempre, na Nova República foi príncipe consorte, com Roseana no governo do Maranhão aumentou sua sorte, repetindo de forma geométrica seu comando a cada novo governo ou governo novo.
Ricardo incomodado como o personagem Ricardo III de Shakespeare, usava e usa, diga-se de passagem muito bem, a sedução pela retórica ao contrário do irmão taciturno e introspectivo. Ricardo sabe seduzir com o poder, pela proximidade do poder e pela perspectiva de tê-lo de forma absoluta.
Jorge e Roseana, sabendo mais do que ninguém de tudo isso apearam-lhe da Presidência da Assembléia, para depois coçarem-lhe o ego de baiacu com uma ruidosa recepção na Secretaria de Saúde, dando-lhe a força de Secretário para que inicialmente trabalhe pelo governo, e a corda para que se enforque com os recursos da própria forca.
Baiacu é um peixe que ao ser coçado fica inflado, depois do trato muitos distanciam-se do prato, pois poucos sabem retirar o "veneno" com proeza.
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