9 de novembro de 2010

MARANHÃO NA IDADE MÉDIA: NA FALTA DO ESTADO CHAMA DEUS.


Para o blog não resta mais nenhuma dúvida, vivemos em termos de Segurança Pública na Idade Média. Para chegar a essa conclusão absurda, alguns fatores tem concorrido ao longo dos anos, fortificando-se agora com a ultima rebelião em Pedrinhas. O saldo trágico de 18 mortes, três por decapitação nos remete ao medievo, onde o horror era espetáculo público

O Estado falhou no que lhe impõe a Constituição. A prevenção e repressão ao crime é dever do Estado, bem como a a responsabilidade sob os presos custodiados.

O sentido de trazer de volta o apenado ao convívio social, fica prejudicado diante dos fatos. Nada pode remediar a gravíssima omissão do Governo do Estado, ao longo de quase 50 anos sem Política Criminal definida.

A Penitenciaria de Pedrinhas era Agrícola, com a produção de gêneros alimentícios para o consumo próprio. Comida e vestuário eram originadas no local. Outros fatores de reinicialização social aconteciam de forma regular.

O sistema de vigilância era o velho panótico, com guaritas nos quadrantes e o olhar interno dos agentes e coordenadores de atividades.

O crime evolui de forma assustadora, gerando outra concepção na população carcerária. Os paradigmas de prevenção e repressão, a direita e à esquerda não acompanharam tal evolução.

No Maranhão onde as história dos horrores, com a população carcerária é pouco conhecida,fica impressão de um fato brutal, mas isolado do geral. Nada mais errôneo e descabido. A briga não é da facção da Baixada Maranhense contra a de São Luís. A intriga é de todos contra todos, nas mais diversas áreas de convivência social ou profissional. Em todos os setores o desejo aniquilarem-se em reciprocidade.

Esta situação foi estimulada ao longo dos anos, como fruto de um poder hegemônico que alimenta-se das brigas e intrigas, destas tirando proveito para manterem-se no poder.

Pedrinhas virou depósito do rebutalho humano, donde os poderosos ganham com a venda de alimentos, vestuários, vigilância e todos os itens que aquela vida de gado proporciona. É de Pedrinhas que recebem comissões, doações e financiamentos de campanhas eleitorais. Nada interessa aos governantes ou Secretários, a não ser o que de lucrativo Pedrinhas pode proporcionar.

Quantos ainda vão se eleger como heróis, quando nada verdade são bandidos travestidos de delegados ou Secretários, que usam dos cargos como trampolim eleitoral? Quanto ainda vai render financeiramente a Penitenciária de Pedrinhas aos aproveitadores de plantão?Quantos enfim terão que morrer como gladiadores romanos, onde ninguém sabe quem é lobo ou quem é homem?

O Governo Estadual como na Idade Média, sem resposta ou estrutura adequada, pede audiência a Deus, socorrendo-se de pastores evangélicos, ao invés de elaborar políticas adequadas ao setor da Segurança Pública no Estado do Maranhão.

Acabou essa rebelião outras virão. Isso é o melhor que Roseana pode fazer.

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