27 de outubro de 2010

AMADURECENDO O QUE DE VERDE FICOU PODRE OU "JUS FAVORATIUM".

Uma portaria do Ministério da Previdência Social, reintegrando o Deputado Federal Cléber Verde no quadro de funcionários da autarquia , poderá salvá-lo da iminente perda do mandato. Na portaria segundo fontes o ex-funcionário além de reingresso teve a como punição 15 dias de suspensão.

Tudo isso acontece em tempo recorde, antecedendo o posicionamento do Supremo Tribunal Federal em relação a Lei 135/2010 ( Lei da Ficha Suja ), previsto para hoje no julgamento de Jader Barbalho, produzindo efeito generalizado, ou seja para todos os casos pendentes.

Cléber Verde e José Vieira do Maranhão seriam em potencial, propensos a guilhotina do STF. Verde não quis cair de maduro, sabia da possibilidade de apodrecer. O indigitado deputado pertence a Coligação"Eu quero é Mais" dos Sarney, tem parentesco com a família de Raimundo Cordeiro ex-Presidente do BASA na época de Sarney Presidente, que por sua vez, teve como genro o Deputado Sarney Filho.

Com este vasto currículo recebeu dourada cobertura jurídica, retornando ao quadro de funcionários do Instituto de Previdência no Maranhão, com punição mansa que poderá livra-lo do patíbulo e da forca no STF . Esta luminosa manobra contudo pode sofrer revés, tanto pela ação do Ministério Publico Federal, como pela interpretação do seu caso, no âmbito das esferas de primeira instância do judiciário .

Somado a estas "atenuantes" existe a agravante do interesse partidário, posto que são 125 mil votos adicionados aos de José Vieira, quando diminuídos da Coligação poderiam alterar o número de parlamentares da base governista, catapultando o não menos indiciado Weverton Rocha a condição de titular.

Para essa possibilidade o grupo Sarney já tem estratégia pronta. Trata-se do sempre utilizado argumento da intimidade jurídica, da aproximação do judiciário. Usada recentemente desde Paulo Marinho, para convencer pela pressão os novos políticos, que ingressam na vida pública pelas vias tortuosas na conquista de votos ou de passado nebuloso. Weverton Rocha como todos os Rochas são presas fáceis.

Neste grupo figuram Paulo Marinho, de triste passagem pelo mesmo órgão de Cléber Verde, Remi Trinta na Saúde ambos fazendo até homem parir, entre outros que cederam para não serem rendidos. Entretanto nenhum destes espertalhões, outrora humildes profissionais liberais saiu da vida pública de mãos abanando, muito pelo contrário de tão cheias sequer tem coragem de acenar aos mais humildes, colocando as mulheres, filhos e sobrinhos para continuarem a sanha assassina. Eles sempre encontram proteção nos favores da lei.Trata-se do famoso Instituto do "jus favoratium" ou justiça de favores.

Se a questão é labiríntica no âmbito jurídico e ainda mais no político, nos labirintos do judiciário os enigmas se decifram pelas cifras da imaginação, no político pela aproximação. Aos nós pobres mortais é fazer como Chico Buarque diante do banda.

2 comentários:

  1. Carlos14:01

    Fiat iustitia pereat mundus: "Faça-se a justiça, mesmo que o mundo pereça".

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  2. Anônimo14:13

    Carlos,essa é a vontade e ideal, mas ante ao brocardo e as palavras de Rui Barbosa, fico com o lamento as nulidades e chego a rir de mim mesmo. Um abraço e participe.

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