A história da administração pública no Maranhão não conseguiu sair do sistema de capitanias hereditárias. As declarações do senador Edinho Lobão são respostas as provocações da governadora Roseana Sarney. Guindados ao cargos por força da hereditariedade os filhos dos "ex" lutam para continuar "sendo".
Na realidade tanto um quanto a outra tem formação política sem consistência. Despreparados chegaram ao poder atendendo aos interesses financeiros que movem os grupos que os pariram. Agora como marionetes falam,posam, gesticulam e ameaçam de forma recíproca.
O discurso, as posturas, as condutas e mentalidade política retrógrada se reproduzem nos municípios, com famílias se revezando nas prefeituras. Em cada cidade do Maranhão tem sempre filhos, netos, tios e irmãos rivalizando com outras famílias pelo comando político.
A oposição precisa sair da posição escocesa e preguiçosa. Esperar que a divisão no poder funcione como "mão invisível" ou enchente é infantil e imaturo. O momento cria condições não só pelo desgastes histórico de Sarney/Lobão e penduricalhos, mas acima de tudo pela insatisfação popular.
Edinho, Roseana e clones nos municípios representam um modelo político falido e anacrônico, pautado no hereditário. Esses alicerces estão carcomidos por condutas fundadas no fisiologismo, clientelismo e patrimonialismo.
Vejam os "filhotes" do atraso e suas arrogantes declarações:
Roseana: "Luís Fernando trabalha no 3° andar, mas pode vir para o 1° ocupar o meu lugar".
Edinho: "Nossa família já decidiu, meu pai é candidato com ou sem apoio de Roseana".