O maior problema do Maranhão é a permanência da família Sarney no poder. Não é pelo domínio exercido ao longo de 46 anos, mas pela mentalidade retrógrada que produz atraso e subdesenvolvimento. Os dados de órgãos oficiais como o IBGE atestam a assertiva.
Pautados no fisiologismo(ações e decisões são tomadas em troca de favores), clientelismo(subsistema baseado na proteção em troca de apoio político) e patrimonialismo(estado em que o público confunde-se com o privado) a família Sarney estabelece relações políticas.
O resultado é o quadro vexatório presenciado e experimentado pelos maranhenses. O que preocupa ainda mais é a geração política que nasce da proveta eleitoral da família Sarney. Descompromissados, alienados da realidade social e existencial do povo pobre do estado, eles se divertem com a fama parlamentar.
Para provar que o dito é verdade, trago o exemplo do deputado Alexandre Almeida. O jovem parlamentar foi guindado pelos Sarneys ao comando de "Frente Contra o Crack e Outras Drogas". O parlamentar mais ajustado ao cargo seria Raimundo Cutrim, hoje na alça de mira de Roseana Sarney.
Na reunião de ontem(5) na Assembleia Legislativa deputados federais e estaduais discutiram durante toda manhã e parte da tarde sobre o problema das drogas. Alexandre Almeida não se fez presente, nem justificou a ausência.
Como os critérios de escolha da família Sarney são baseados no modelo ultrapassado, a produção resulta em parlamentares descompromissados ou secretários alienados. Escolhas erradas, pautadas no anacrônico, emperram a roda que moveria a história do Maranhão.
Dizem que Alexandre Almeida estava no PROJAC na Globo, gravando capítulo de Malhação. A produção não deve ser veiculada em decorrência do timbre de voz do parlamentar. Fizeram a dublagem mais o tom ainda continuou fino.