Durante ato no Palácio dos Leões para implantação do Programa de Ação na Segurança Pública, repasse de recursos da ordem de R$ 8,4 milhões do Edital Escola Segura, da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp/MJSP), além da entrega de viaturas, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), comentou também sua relação com o governador do Maranhão, Carlos Brandão (PSB).
O atual chefe do Executivo não estava presente no ato porque está de licença do cargo, e foi representado pelo vice-governador, Felipe Camarão (PT). O fato de o ato oficial ter ocorrido justamente na ausência do titular do mandato deu mais força a especulações sobre afastamento entre ambos.
Para Dino, no entanto, tudo não passa de especulação. “É natural que os analistas, todos, façam as suas especulações, mas nós temos que olhar os fatos, que estão acima de especulações. Esse é o quarto evento que eu faço no Maranhão, os dois primeiros foram com o governador Brandão ao meu lado. Nós temos uma relação sempre cordial e de muita colaboração. O governador Brandão hoje lidera o Estado. Eu não interfiro nisso, eu não intervenho nisso, porque eu acho que não existem dois, ou três, vou quatro governadores ao mesmo tempo, é um de cada vez. Eu fui governador, agora é a vez dele ser governador”, disse.
O ministro alegou, ainda, que tem cumprido “com dedicação” sua “tarefa nacional” o que lhe impediria também de se intrometer em assuntos estaduais. Além disso, acrescentou, confia na gestão do atual governador.
“Eu tenho uma tarefa nacional, e essa tarefa nacional eu procuro exercer, e todos vocês são testemunhas, com muita dedicação, com muita intensidade. Então, quando o governador Brandão quer falar comigo, ele me liga, ele me visita, e quando eu quero falar com ele eu ligo, eu visito ele. Agora, eu não interfiro nos assuntos do Governo do Estado porque eu confio na equipe que ele montou, e confio, portanto, no trabalho que está sendo continuado. Vejo ele inaugurando obras que nós começamos e ele está terminando, assim que deve ser. E as especulações ficam para este terreno”, completou.
Na verdade isso que ocorre hoje, aqui, é uma rotina no que se refere ao governo federal. Como eu mencionei, eu já fui em 18 estados e estão, lá, adversários locais, de todas as bandeiras, da direita, esquerda, reunidos em torno de um objetivo. Qual objetivo? Cumprir aquilo que o presidente Lula determinou: fazer entregas, fazer investimentos em todas as áreas. O presidente Lula já anunciou muitas parcerias com estados, com prefeituras, e nós, também, estamos executando emendas parlamentares. No caso, o senador Weverton destinou uma emenda que está sendo executada, como nós sempre fizemos em relação a todos os políticos. Então, não é momento, de forma alguma, de eleições. É momento, sim, de trabalho conjunto, federativo, cumprimento da lei, e eu fico muito feliz de estarmos hoje com a presença dos três senadores do Maranhão, deputados federais, Assembleia Legislativa, prefeitos, inclusive os que não apoiaram o presidente Lula, mas que foram beneficiados por essa ação, mostrando como é uma política séria, honesta, que o governo federal hoje representa no Brasil”.