Com habilidade retórica-literária o Ministro Flávio Dino evitou perfil de verdugo - sobrou para Moraes - citando personagem de Camus julgado por não chorar no enterro da mãe.
Dino com encantadora retórica disse que julgar não é focar feições/ pessoas/ mas em fatos/ provas atentos a presunção de inocência/ valorosas contribuições das defesas.
A denúncia é aceita ainda que os indícios de autoria sejam mínimos/ assim como primeiro prende para depois processar? Erros que se justificam para garantir a aplicação do direito?
Nas instâncias inferiores "chinelo me prende sapato me solta"? Nas superiores "lewandowskamente" a polícia prende mal e por força/ da lei/julgados jurisprudência ministros soltam?
O julgamento apesar de didático/ pedagógico - esclarecidas as fases/ procedimentos/ posicionamentos - para evitar o rótulo de político não deixará de ser assim considerado.
Na ditadura a música para driblar a censura - Caetano cantando Irene ri/ dá sua risada analogia a metralhadora. Hoje nas cadeias gritam "Lili cantou" para celebar a liberdade de presos comuns.
Julgamentos/ aplicação da lei tem forma/ tratamentos diferenciados. Quem como advogado milita percebe a diferença. O espetáculo medieval denunciado por Michael Foucoult continua.
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