Como se não bastasse as notas técnicas do ICMBio e do Grupo de Estudos Rurais e Urbanos da UFMA condenarem o seu projeto por promover especulação imobiliária no Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses, o senador Roberto Rocha (PSDB) estaria comprando terras nas áreas habitadas pelas comunidades tradicionais, que seriam excluídas na unidade de conservação de acordo com a sua proposta de alteração dos limites do Parque que tramita no Senado.
A denúncia é dos conselheiros Jorge Augusto Santos Silva, secretário municipal de Santo Amaro, e Ancelmo Rodrigues dos Santos, representante da comunidade de Betânia, e está registrada em ata (Leia Aqui) da reunião do Conselho Consultivo do Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses realizada no dia 23 de fevereiro.
Segundo os dois integrantes do Conselho, Roberto Rocha teria comprado terras nas regiões de Betânia e Travosa, esta última um dos locais mais cobiçados pelos turistas que visitam Santo Amaro.
O Conselho deliberou por levantar fatos e provas para que possa apresentar uma denúncia formal contra o senador.
O problema é que em situações como essa, que envolve a venda ilegal de terras, dificilmente será encontrado algum registro nos cartórios de imóveis, já que nestes casos, o comum é celebrar um contrato de gaveta até que o negócio seja permitido por lei.
A perspectiva de que o PLS seja aprovado na menor brevidade de tempo possível, já movimenta além de Rocha, os interesses pecuniários de empresas do setor imobiliário.
A VL7 Gestão Imobiliária e Consultoria anuncia a venda por R$ 8.000.000 de uma “área espetacular de 705 Ha “ banhada por rios perenes e a beira do Espigão, embora boa parte dessa região ainda esteja dentro do Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses, pelo menos até que o projeto do senador maranhense seja transformado em lei.
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