Nauro Machado foi um dos grandes companheiros de "copos" nos anos 80. José Maria/ Jorge do Nascimento/ José do Couto/ Sérgio Cão sempre compareciam na "mesa" do Bar de Dona Helena.
Lembro de um episódio dos tempos de boemia/ companhia. "Compramos fiado" um casal de patos, bem na porta da casa da mãe de Nauro Machado, que viria servir como "caução" no Bar de Helena.
Nauro presenciou a "compra" e me entregou para o vendedor ambulante. Os patos batizados de "entre tapas e beijos" foram servidos no fim da tarde, tendo o poeta como um dos embriagados convivas.
Prefiro as lembranças daqueles momentos de alegria/poesia. Nauro tomava cachaça e água em seguida. O ritual cachaça/ água/ os gestos/ a barba branca faziam parte das nossas missas na "Helena".
A morte de Nauro Machado é como um sino a anunciar outras badaladas da "velha" - a velha morte. Esta certeza nos acompanha vida inteira, mas assusta sempre que bate na porta de um amigo.
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