Li "A Mãe" de Máximo Gorki em 1979. Não sei precisar quantas vezes fiz a releitura, quase sempre antes/durante/depois dos dias das mães.
A leitura/releitura afasta-me do apelo comercial da data. "A Mãe" tem passagens pedagógicas que engajam-se no meu ofício de "cuidador" da minha.
Hoje mais uma lição. Minha mãe perguntou-me : Cesar sobre o que tu escreves, que tanto incomoda as pessoas? Acabava de reler a pergunta da Mãe :
Mãe- "O que tu lês? Livros que falam a verdade sobre sobre o povo"- o enquadramento/transfiguração da realidade.
O que a vida e a obra de Gorki mostram não é o revolucionário perigoso que, segundo os seus adversários, teria envenenado o mundo através da literatura, mas o homem em que a memória, marcada pela lembrança das agruras sofridas e das injustiças presenciadas, anseia pela transfiguração do mundo.
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