27 de outubro de 2013

IGOR LAGO ANALISA O MOMENTO POLÍTICO DO MARANHÃO : DIVÃ 6

DIVÃ MARANHENSE 6


(Ou a informação mal tratada, mal usada e/ou abusada)

O modus operandi, ou seja, "o modo de operação " dos dois atuais principais grupos protagonistas da política maranhense é idêntico. Não há uma diferença, sequer pequena, por mais que nos esforçamos em procurar.

O grupo dominante possui um império formado por televisão, rádios e jornal. Além dos seus principais meios, conta com uma rede de "blogs" a divulgar a mesma linha editorial política.

O outro grupo, conta com a simpatia de alguns meios de comunicação como televisão, rádios e jornais, especialmente o famoso Jornal Pequeno, além de uma rede de "blogs" que, no presente ano, aumentou muito em seu número.

Agora mesmo, divulga-se aos quatro cantos da mídia local uma matéria mal feita e com erros grosseiros sobre a política maranhense numa revista nacional de não muito boa reputação (já a conhecemos de 1994 quando o sarneyísmo divulgava a mesma revista com matérias atingindo o então candidato oposicionista Epitácio Cafeteira).

O hilário é que, agora, ocorre justamente o contrário e, como já dissemos, de qualidade questionável, porque começa e termina errando nas primeira e última frases, quando desconhece que o grupo dominante já passou por apertos e desesperos em 1990, 1994, 2002 e, (alguém precisa informar ao autor da matéria ou ao editor da famosa revista) foi derrotado em 2006! 

Mas, o mais interessante é que na sua parte final revela o que temos procurado divulgar nesses textos titulados Divã maranhense: a ambiguidade do candidato do grupo dos dissidentes em relação à eleição presidencial, as semelhanças entre este e o grupo dominante, os métodos de fazer a política. E, não devemos esquecer, ambos são da base governista federal e querem tirar os louros da máquina, dos seus programas assistencialistas, etc. 

Eis a preciosidade: "Sarney ameaçou sabotar o palanque de Dilma em vários Estados e agora negocia uma solução para o imbróglio. Na quinta-feira, arquitetou-se em Brasília um plano para um acordo capaz de agradar às duas partes. O vice-governador de Estado, Washington Luiz de Oliveira, do PT, trocaria o governo por um assento vitalício no Tribunal de Contas. Assim, Roseana poderia se licenciar para concorrer ao Senado sem o risco de um petista assumir o governo e virar a máquina estadual contra o PMDB. O Palácio do Planalto apoiaria Roseana e tentaria interditar o palanque estadual para Eduardo Campos. O problema é que o PSB de Campos é aliado tradicional do PCdoB e Dino já se comprometeu com o socialista. “Podemos abrir o palanque para todos os aliados que tiverem candidatos à Presidência, inclusive o PT”, diz Dino. A batalha, como se vê, exige uma complexa engenharia política. "

Como? Li direito? Entendi? É mais um erro do jornalista? Estão conchavando um acordão? Flávio governador e Roseana senadora em nome do Brasil e do Maranhão? O presidente da autarquia federal Embratur, cargo de confiança da presidente Dilma (PT), já se comprometeu com o candidato oposicionista Eduardo Campos (PSB)? E o Aécio Neves? Já recebeu o convite para subir no palanque da mudança? Deixará seu PSDB ser apenas um coadjuvante menor nisso tudo?

Desconfio que estas notícias tenham alguma relação com o processo de eleição interna do PT, partido de vários grupos e várias frentes, que vive um processo de disputa que resultará na sua decisão eleitoral para 2014, e que poderá criar mais problemas ou soluções para o PT nacional, quer dizer, Lula e Dilma.

Bom, nós humildes espectadores, podemos dizer: "Eles que são brancos que se entendam!"

Creio que o Divã está esquentando. Isto significa mais trabalho para Freud e os psicanalistas, ou melhor, para os politiqueiros e a politicalha.

Igor Lago, 27/10/2013.


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