21 de abril de 2012

DOS EMBARGOS DE SOVACO E DOS EXTRAVIOS DE PROCESSOS

O escrivão Santos Carvalho era remanescente dos tempos de Vitorino Freire. Forjado nas coxias do "quero, mando, faço"  não tinha dificuldades em orientar advogados noviços nas 'filigranas" dos corredores do Fórum.

Extremamente sagaz recomendava cuidados com os "embargos de sovaco". O procedimento consistia em colocar o processo de baixo do braço e finá-lo em local não sabido. Para o êxito do "recurso" o silêncio e o medo.

O silêncio de quem era beneficiado com o extravio do processo e o medo de que ficava no prejuízo. Ainda é muito comum a mentalidade que inclui os embargos de sovaco como "recurso" válido no Maranhão.

A prisão dos funcionários Marco Túlio Cavalcante Dominici e Francisco Reginaldo Barros Duarte revela que o empresário Savegny Sauáia acreditou nos tais embargos de sovaco. Do contrário interporia recurso no STJ ou STF.

Savegny Sauáia e Marco Túlio Dominici são filhos de dois tarimbados e renomados advogados maranhense. Ambos falecidos deixaram histórias interessantes dentro do exercício da advogacia.

Contam que um deles ao receber honorários pouco ortodoxos, ficou de costas para o cofre e pediu que o cliente colocasse  o "imundo" no interior do "ofertório". Depois fitava os maços com um sorriso no canto da boca.

O outro era mais audaz. Ficava de frente para o cliente abria o paletó como Drácula e indicava os bolsos como destino de maços ou joias. Não havia necessidade de contar as notas, pois o que vinha estava no lucro.

O tempo passou, o destino pôs os filhos no mesmo local onde seus pais prosperaram. Nos labirintos do Tribunal de Justiça protagonizaram um triste espetáculo que reacende a cultura dos embargos de sovaco.

Seria poeira cósmica dos espíritos desassombrados de Sauáia e Dominici, pelejando nos corredores do Palácio Clóvis Beviláqua? Serra de Aquino deve estar assistindo com o olhar reprovador, que marcou sua conduta ante as posturas aéticas.

"Quando eu morrer me enterrem na lapinha//Calça culote paletó almofadinha. Como perdedor gritei// Mas não me conformei// Fui contra lei// Quando eu morrer me enterrem na lapinha//Calça culote paletó almofadinha.

2 comentários:

  1. Adalberto Gonçalves01:26

    Caro Cesar Bello,
    Há um ditado Napoleônico segundo o qual “enquanto a caravana passa, os cães ladram”. Vincular o nome do respeitável, competente e combatível advogado Wady Sauáia a esta metodologia baixa de extravio de processos é no mínimo uma demonstração externada da sua frustração de não poder enaltecer o seu nome nas funções da militância do direito ou de qualquer outra atividade relevante. Lembre-se que o seu site não é um veiculo de informação direcionado a incultos e analfabetos. Seria muito leviano de sua parte achar que a isca usada pelo professor Savegny Sauaia teria como objetivo extraviar os autos. Já que você não teve a capacidade de atiçar sua lucidez para entender o fato, venho lhe expor o meu entendimento. O Professor Savegny tem pedigree e se manifestou através da sua coragem em expor de maneira radical as mazelas do judiciário maranhense que vitimou a sua mãe a partir do momento que esta apelação chegou ao tribunal. Para os menos cultos, deixo a mensagem. Para o bom entendedor, meia palavra basta. Obrigado pelo espaço.

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  2. Anônimo08:59

    como tulio conseguiu ter dizem 5 fazendas se nao as herdou ou ganhou mega premio a nao ser laranja. so o cnj pra investigar o que amedrota togados

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FAMEM NOTA DE RESISTÊNCIA