Algumas carreiras políticas no Maranhão são mantidas graças ao manto sagrado do anti-saneísmo. Com isso, muitos são os que se sentem desobrigados de defender qualquer outra causa, de ter projeto ou princípios. O anti-sarneísmo é posto como recurso de uma autolegitimação e unção de imunidade. Esses seres "especiais" não precisariam fazer mais nada. Já que tudo é explicado e justificado a partir desse ofício.
Poucos tiveram a coragem, até agora, de dizer que anti-sarneísmo não é suficiente para tornar alguém politicamente melhor que os Sarney. Além disso, ser anti-Sarney não é garantia de idoneidade moral e de competência. O que tem esse anti de próprio e particular? Esse anti tem sido não mais que um marketing pessoal.
Em boa parte, o anti-sarneísmo é somente o outro lado do sarneísmo, não é a contestação de sua superação, mas sua perpetuação pelo avesso. Não chega nem à condição de alteridade e dele é organicamente dependente. Isto é, não passa de produto puro e completo do mandonismo sarneísta. Carrega a mesma cultura mandonista e reproduz todos os vícios do personalismo, patrimonialismo, nepotismo e clientelismo.
Porém, tem um lado bem pior, bem mais obscuro: esse anti-sarneísmo de ofício vende a ilusão que é diferente e não aceita a existência do contraditório, na intolerância supera até a matriz (ou matrix).
Como anti-sarneísta fica fácil para uns, espertos senhores, esconderem sua falta de competência, sua inoperância e ausência de projeto. O doce conforto do ataque sem serviços e proposições. Esses viciosos encapados de anti-sarneísta recorrem à mesma fórmula "romana" aperfeiçoada pelos Sarney: Circo e Circo, pão jamais!
O que serão dessas pessoas quando o senador Sarney sair de cena? Será que vão armar em cima das assombrações? Vão sobreviver sob histórias de visagens?
É bastante agudo e visível o estreitamento político do espaço político maranhense. Para iniciar a carreira “política” ou o indivíduo vai apresentar sua lealdade e fidelidade ao chefão ou corre para o manto do anti. Em ambos os casos, fica a desobrigação de qualquer outra qualificação. É a vida fácil! Isso é fazer política na sua total potencialidade ou é aderir a mediocridade da servidão voluntária?
Isso não é tudo, o problema está ficando pior (isso fica para o próximo post)
CÉSAR ESTE SR. FRANCISCO É UM TREMENDO BABACA, OTÁRIO E LAMBE BOTA DESTA OLIGARQUIA NOJENTA.
ResponderExcluirCaro César Bello, vc reproduziu algo correto, sempre falo a mesma cosia, vc sabe dos que falavam mal do sarney, mas, que após ganharem as eleições de 2006, fizeram pior...
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