O senador José Sarney é uma víbora dentro do Congresso Nacional. O exercício da presidência do Senado permite-lhe o controle da pauta de votações. Saber a hora de dar o "bote" é a forma para alcançar os interesses mais abrangentes.
Em nome dos brasileiros e brasileiras ele consegue o que quer, como quer e no momento desejado. Sorrateiramente cerca as vítimas de forma a impedir qualquer defesa ao ataque. Sarney tratou de divulgar na mídia nacional e blogs aliados a votação da reforma política.
O peçonhento quer aparecer mais uma vez como estadista e afeito aos desejos democráticos da nação brasileira. No bojo da reforma política está as PEC 37, que reduz de dois para um o número de suplentes e proíbe a indicação para vaga de parente ou cônjuge até o 2° e a PEC 38 que acaba com a reeleição de presidentes, governadores e prefeitos.
Sarney colocou as PECS 37, 38 e 42 na pauta da próxima semana. A votação em caráter de urgência-urgentíssima é "particularmente" endereçada ao Ministro Edson Lobão e a Presidente Dilma. Aprovada ele escreve o nome na história e morde o cravo e a ferradura.
A ferradura abreviando a permanência de Dilma na Presidência da República e o cravo impedindo que no Maranhão o processo da reeleição, expurgue seu grupo político em definitivo da vida pública. Com uma mordida dois objetivos, fama de estadista e o referendo popular.
Sarney é perigoso quando silencia. Eis a resposta e como sempre o conteúdo manifesto é do bem fazer, mas o que fica guardado na verdadeira intenção é veneno de naja inoculado com nitroglicerina pura. Para anestesiar a mordida a PEC 42 referenda por aprovação popular todas reformas de cunho eleitoral.
Olha ele de paletó branco. Agora o problema dele é se o veneno não entrar na ferradura.
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