A greve dos rodoviários é legítima e assegurada pela Constituição do Brasil. Ocorre que os mecanismos dos acordos estão pautados no desgastado modelo trabalhista pátrio. A desconfiança reina entre trabalhadores e empresários do setor rodoviário ou qualquer outro.
Os trabalhadores ressabiados pedem acima dos pescoço, os empresários agastados oferecem abaixo do joelho. O pleito proletário resume-se a aumento salarial de16%, reajuste de 30% no tíquete-alimentação e a inclusão de dois dependentes no plano de saúde. A contraproposta dos empresários é de apenas 3% e nada mais.
A Justiça Trabalhista não consegue intermediar os acordos. As categorias tem entendido ao contrário e não obedecem às decisões judiciais. Falta maturidade ao Sindicato dos Rodoviários e sobra ambição ao Sindicato das Empresas de Transporte.
O povo está "de pés", enquanto as frotas descansam nas garagens. Não seria hora de cancelar todas as concessões e assumir o transporte público de forma gratuita? Em qualquer negociação com empresário de transporte coletivo vale o dito popular: "Não vem de garfo que hoje é dia de sopa".
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