Dediquei o Natal ao meu filho que tem o nome de Augusto. Nascido por ironia do destino na Maternidade Marly Sarney, como milhares de crianças do Maranhão.
Na sua maioria aqueles que tiveram a "Marly Sarney" como "manjedora", sofrem as agruras do batismo pelo que a carência os impõe.
Muitos vítimas da mortalidade infantil, que coloca o Maranhão em segundo lugar neste triste índice, não puderam sequer ver a luz do sol. Outros depois encarcerados, não puderam ver mais o brilho da lua.
Luto dia e noite honestamente, para que o meu pequeno Augusto não seja mais uma vítima da "Marly Sarney".
Existem horas que bate o cansaço, a angústia de quem ama de forma verdadeira, a solidão de que sofre vendo tudo o que acontece. Nestes instantes eu olho para Augusto e me renovo com o seu sorriso de criança. Vem dele uma esperança infinita.
Augusto ainda mora na Vila Esperança, como sei que ali só o nome é verdadeiro, vou trazê-lo para Rua do Sol onde moro com a minha mãe. Quem sabe ele veja o brilho da lua.
Já vejo noite para amanhecer.
Amanhecer que vai ser dia.
Dia para quanto ser. (Bandeira Tribulzi)
Para todos Esperança, nada mais.
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