13 de abril de 2014

MÃE NAGIBA ESTÁ DE VOLTA : JOAQUIM HAICKEL ERROS E ACERTOS

Joaquim Haickel, o "Mãe Nagiba" se esforça para demonstrar raciocínio político lógico. O que atrapalha é o comportamento pautado em velhos manuais. Haickel pensa a política de forma feudal, consequência da soma do histórico de vida e o meio em que foi criado. 

Leon Vygotysky, marxista materialista diz na sua "Teoria da Aprendizagem", que os processos mentais superiores- pensamento, linguagem, comportamento volitivo, atenção consciente, memória voluntária, tem origem nos processos sociais. É por isso que o pensamento de Haickel é medieval.


Haickel nos brinda neste domingo(13) com uma análise do momento político cheia de "Príncipes"(Luís Fernando/Flávio Dino) e de uma "Princesa"(Roseana Sarney) que não aparece, mas está evidente. "Mãe Nagiba" foi buscar inspiração no ultrapassado "Príncipe" de Nicolau Maquiável, hoje peça do "museu político".

Enquanto o mundo esquece  John Kenneth Galbraith- aquele que analisou o poder a partir da evolução do mundo feudal para o capitalismo, considerando como fontes a personalidade, a propriedade e a organização, Joaquim Haickel pautas suas análises no Príncipe de Nicolau Maquiavel.


A Anatomia do Poder 

E toma Nicolau para lá, Nicolau para cá, no pensamento medieval de Joaquim Haikcel. "Mãe Nagiba", o único Nicolau que pode ser lembrando neste momento é o Nicolau Dino, irmão de Flávio Dino, que comanda as Relações Institucionais da Procuradoria Geral da República.

A sugestão para Joaquim Haickel e outros que se esforçam para entender as decisões políticas, a partir da interseções- a área comum a todos os envolvidos na vida pública, é a controvertida obra de Habermas : Esferas Públicas e Democracia Deliberativa. É um salto além da Microfísica do Poder de Foucault.

Porque continuar entendendo os fatos políticos por adivinhação, chute, predileção, paixão? A razão é quem nos leva a produzir textos com terminologia clara, escrita objetiva. A leitura destas obras são básicas, traduzir para a realidade maranhense no seu linguajar é gostoso. Daí a música, linguagem universal.





Joaquim Haickel: “Em política, mais sucesso tem quem erra menos”


Já comentei, em outra oportunidade, sobre a verdade na política e volto a esse assunto agora, adiantando que, se ela pode ser bastante relevante, quando vista de um determinado ponto de observação, por outro, pode ser vista como mero adereço. Explico: no ambiente pragmático da política, a verdade é uma mera questão de tempo ou de angulação do observador. O que é de um jeito hoje, amanhã poderá ser de outra forma. O que se vê de uma certa latitude, não é o que se observa de outra. Ainda assim, as duas coisas, nos dois casos, serão verdades que não se contradizem.
Devo ressaltar que há uma diferença importante entre a prática política e seu pressuposto filosófico. Neste caso, a verdade, além de ter as importantes componentes de espaço e tempo, possui uma indissociável componente ideológica, poderosa o suficiente para mover os espíritos dos homens.
As verdades sobre as quais gostaria de comentar hoje são verdades que em condições normais de temperatura e pressão deveriam ser constantes, independentes de tempo ou espaço. Se não são totalmente ideológicas, ou em sua totalidade, pragmáticas, possuem características comuns a ambas.
Vejamos.
Como deve se comportar um político?
Muito já foi dito a esse respeito, mas pouco foi tão bem dito como o que disse um certo florentino chamado Nicolau.
Tratado pejorativamente pelos incautos e pelos incultos, os ensinamentos de Maquiavel são tidos como abjetos, asquerosos, pútridos, quando são simplesmente humanos, antropológicos, sociológicos e psicológicos.
O tempo e o espaço em que foi concebido “O Príncipe” faz com que, hoje o vejamos com maus olhos.
Se bem observado e interpretado de forma tolerante, esse manual pode contribuir muito para o nosso correto entendimento de fatos bastante atuais.
O que de melhor deve fazer um candidato a príncipe?
Deixar-se ungir por uma poderosa liderança, isolando-se dos demais atores em cena? Ou já ungido, misturar-se aos contracenantes, fazendo com que eles criem consigo laços de companheirismo e amizade capazes de fundir os metais necessários para a confecção das boas armas da batalha?Não deveria ele fazer com que o líder que lhe ungiu dependesse dele mais que ele dependesse de seu ungidor? Manter esse vínculo indispensável, mas buscar vincular-se também a outros companheiros?
Sendo o único opositor capacitado a enfrentar os situacionistas, este outro candidato a príncipe deve agir exatamente igual àqueles a quem tanto critica, ou seja, de forma sectária, excludente, às vezes até messiânica…?
Qual deve ser a postura de um candidato a príncipe em relação aos políticos e ao povo? Deve tratar os primeiros com distância e os segundos como se fossem seus filhos queridos? Ou no caso do outro candidato, como se os políticos fossem meras peças de uma engrenagem capaz de levá-lo a conseguir o seu intento e o povo o combustível capaz de queimar para fazer mover essa máquina, algo que depois de usado evapora?
De quem deve se cercar um candidato a príncipe? De meia dúzia de convivas, pessoas que o isolem dos políticos e do povo? Que dê a ele uma aparente segurança e tranquilidade, mas que não deixe entrar as corretas e indispensáveis percepções do mundo e sair de suas reais necessidades e seus anseios básicos, capazes de fazê-lo chegar aonde deseja?
Ou aquele candidato oponente está certo ao cercar-se por todos, ao aparecer sempre rodeado de gente, como se comungasse com aqueles de todas as coisas, quando na verdade, aquilo que está mais interno em si, não repassa a ninguém?
Tudo isso está dito e esclarecido no manual do Nicolau!
Poderia passar horas relacionando posturas e posicionamentos políticos que estão certos para uns e menos certos para outros, e ainda assim não se chegaria a uma conclusão sobre quais são os certos e verdadeiros e quais os errados e os falsos.
Se o que está contido nos ensinamentos antigos sobre o homem, sobre suas formas de ser e de agir, suas circunstâncias, e sobre as consequências destas não puderem ser adaptados e utilizados nos dias de hoje, de nada valem para nós. Se nós não somos capazes de aprender uma lição que nos é ensinada há milhares de anos ou mesmo uma especifica que nos é doutrinada faz meio milênio, melhor largarmos esse ofício.
Em minha opinião, em termos de política, a diferença entre um indivíduo e o outro é mínima. Ocorre que só é possível se ter essa visão quando colocamos em perspectiva aqueles dois fatores citados no início de nossa conversa de hoje. O tempo e o espaço.
Esse nosso papo de hoje bem que poderia ter sido sobre física, mas como eu sou ruim em ciências exatas, fico mesmo com a política que pouca gente acredita ser ciência, que nada tem de exata e que pode nos dar a dimensão equivocada de sermos seres maiores do que realmente somos.
Semanas atrás, em uma conversa com amigos, disse que havia verdades insofismáveis e que uma delas era que em termos de política, mais sucesso tem quem erra menos, pouco importando se em qualidade seus acertos são relevantes. Em política um acerto é pura casualidade, pois o universo político conspira contra o certo. O erro é comum.
Estamos vivenciando isso. Estamos em um imenso jogo de erros. No final, vencerá quem errar menos!

11 comentários:

  1. Anônimo17:42

    Não sei por que você implica tanto com o deputado Joaquim Haickel. Isso deve ter alguma explicação freudiana, algo obscuro no inconsciente que faz com que toda vez que Haickel escreve alguma coisa você repercuta em seu blog, espinafrando.
    Às vezes tenho a sensação de que te paga para fazer isso, para ficar mais em evidencia, mesmo que de forma negativa. Ele tendo os blogueiros do sistema governista aplaudindo e você espinafrando, acaba tento quase 100% de audiência. Muito esperto...
    Se formos analisar o texto dele no JEM e a entrevista que ele deu ao imparcial, vamos descobrir que em muitos pontos ele está completamente correto. Discordo dele no que diz respeito a posições ideológicas e partidárias, mas no que diz a analise política que ele faz, acredito ser correta.
    Acho que você tem um bom texto, mas algumas vezes você se perde, escorrega, exagera, pira... Menos Bello, menos...

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  2. Anônimo18:25

    Texto perfeito, bem fundamentado.

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  3. Anônimo20:25

    Não se trata de implicar. Joaquim Haickel é emblemático. Por mais que ele se esforce a maneira de pensar é medieval. Veja que ele no Estado do Maranhão resume todas lideranças a "tempo/espaço". No Imparcial ele revela-se em entrevista quando cita o pai/edinho. No artigo escrito foi possível esconder dos ingênuos a mentalidade medieval, mas na entrevista revela-se feudal. Haickel confunde prática/mentalidade de tempo e espaço. Haickel aproveita o momento e tenta colocar todos no mesmo saco. Eu ate´que gostaria que Mãe Nagiba me pagasse par lhe alertar com as verdade.

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  4. Anônimo20:30

    Agradeço ao elogio pelo texto. A fundamentação é a melhor observação. Coloquei os dois para julgamento. Análise política não se faz com bola de cristal. As probabilidades nascem de vetores. O mais importante é saber traduzir momento/realidade. A literatura política ajuda a fundamentar o pensamento. Alguns entendem em contrário. Faço o contraponto a Joaquim Haickel porque o considero a serviço dos seus interesses e do grupo dominante.

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  5. Anônimo22:03

    O texto perfeito e bem fundamentado é o do Joaquim Haickel, o sei é confuso, equivocado...

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  6. Anônimo22:03

    O texto perfeito e bem fundamentado é o do Joaquim Haickel, o sei é confuso, equivocado...

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  7. Anônimo07:18

    O que é fundamentação para os carcamanos. Veja a diferença na minha postagem cito Vygostky, Galbrayti, Habermas, Foucault em contraposição a Maquiavel de Haickel e tu dizes que o dele é bem fundamentado? O anônimo só pode ser Nagibinho., ou o mesmo puxa que comentou anteriormente. Mas não tem censura, pode continuar comentado. Quanto a confusão reler os dois textos e pensa como gente.

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  8. Anônimo09:10

    Rapaz tu só podes ser recalcado. Teus posts não tem fundamentação nenhuma. Tu és o que mais da barrigada em relação aquilo que tu publicas. Agora quanto ao Dep. Joaquim Haickel o que ele escreve tem fundamento e sempre ele acerta.

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  9. Anônimo09:52

    Porque tu não assina teu nome, te escondes no anonimato. Com certeza deves ser um destes sacanas que mamam nos governos. Mostra tua cara, diz teu nome. Aí veremos o motivo de defenderes Mãe Nagiba. Ele acerta? Quando? Perdeu a condição de disputar mandatos e ainda é estrategista? É ´por isso que deu no que deu? A moleza chegou ao fim não é? Deves ser daqueles que não trabalha e mama fácil nos governos. Tu vai trabalhar na Meruóca doido.

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  10. Anônimo11:29

    Se descontrolou nega??? Calma meu garoto. Tu és assim porque deixou de mamar nas tetas do Sarney Filho. Fez merda e agora fica aí soltando fogo por todos os teus buracos. Calma. É aquela velha historia: fala o que quer escuta o que não quer.
    Abraços para você seu sacana.

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  11. Anônimo16:11

    vc quer dizer Galbraith, não é?

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