A Comissão de Constituição e Justiça da Assembléia Legislativa do Maranhão caminha mais uma vez na contramão da história. O mundo inteiro clama por renovação no serviço público. O Brasil elaborou no início do governo Dilma estudos para oxigenar a burocracia estatal.
No Maranhão um arremedo inconstitucional da lavra de um suplente de Deputado Estadual- Tatá Milhomem, olha o nome, pretende prorrogar as aposentadorias compulsórias de 70 para 75 anos de idade. O objetivo é manutenção nos cargos dos Tribunais de Justiça(Desembargadores) e de Contas(Conselheiros) de figuras que sabidamente servem aos governos Sarney-Lobão.
A fórmula não esconde a pretensão de monitorar as decisões da Justiça e as Contas do Estado, Prefeituras e Autarquias. Ao longo dos 46 anos de mando político da família Sarney, o Poder Judiciário e o Tribunais de Contas sempre tiveram critérios políticos na ascensão da maioria dos membros.
A oposição e os movimentos sociais precisam sair da crítica circular a Sarney. Essas instituições estão a serviço da família Sarney, a malha social carcomida na sua funcionalidade e apodrecida na operacionalidade. A PEC do Viagra só prorroga a agonia social por novos quadros no serviço público. É preciso a mobilização dos Partidos Políticos, Sindicatos, Movimentos Sociais e Diretórios Estudantis contra o engessamento e a mumificação nos três Poderes.
Chega de Faraós, Calígulas e Messalinas. Tem Desembargador que tá com a cara da múmia de Tutankamon, mas não quer largar o osso.