Fazer análise política exige no mínimo do analista distância dos grupos políticos/ conhecimento dessa história no Maranhão - de preferência desde 1900/ quando Benedito Leite teve o "bastão" por 12 anos/ repetido por 24 com Vitorino Freire/ 48 de Sarney.
A ordem cronológica/ geométrica - sempre em dobro - foi quebrada por Flávio Dino que não demonstra querer ser o dono do poder/ tendo como fim os interesse financeiros/ familiares/ do grupo político representado por empresas/ patrimônios.
Flávio Dino quer liderar para mudar práticas/ costumes razão de alguns ficarem perdidos "como cachorro que caiu de caminhão de mudança"/ ou rolando como as "rochas de onde se escavam com régua/ compasso restos dos dinossauros políticos".
As análises de Joaquim Haickel/ o Mãe Nagiba/ João Melo / o "Bentivi" não merecem apreço/ tem preços/ interesses políticos/ não são fiéis a história/ sem fundamentos que demonstrem que as estratégias dos grupos a que pertencem visem o coletivo.
Todas as conjecturas óbvias começam com o "líder" sem liderança- José Sarney/ Roberto Rocha/ Maura Jorge/ Ricardo Murad/ Eduardo Braide - envolve um grupo quase sem estrutura/ a não ser a midiática do cambaleante/ quase falido Sistema Mirante.
Dino prega alternância do poder. Os ciclos históricos de mandos/ desmandos - (12) Benedito Leite/ (24) Vitorino Freire/ (48) Sarney - estão esgotados. É necessário alternar - que outros assumam o comando - para liderar. O povo escolhe o que é melhor.
Quando um líder supera o outro/ ganha o povo. O ex-prefeito da Capital Clodomir Cardoso superou Benedito Leite/ ao substituir os lampiões de gás por energia elétrica. Foi assim em 1917/ como informa Josué Montelo no romance Os Degraus do Paraíso.
Clodomir Millet não aceitou ser indicado pelo Marechal Castelo Branco para governar o Maranhão. Neiva Moreira não teve coragem para liderar as Oposições Coligadas. Sarney aceitou o convite das Oposições Coligadas/ Castelo Branco(1965).
Sarney anulou Renato Archer/ Freitas Diniz toda a geração/ imprensa vitorinista ao chegar ao governo/ mantendo a memória negativa por intermédio de Erasmo Dias. A Ditadura Militar exilou Neiva Moreira. Sarney importou a oposição com Epitácio Cafeteira.
Sarney trouxe Cafeteira do Banco do Brasil da para disputar a Prefeitura da Capital. Cafeteira venceu com a promessa de "dar ripadas na onça"- Newton Bello era chamado de "Cara de Onça". Depois Cafeteira viu que Sarney era a "Onça".
Sarney foi o dono do governo durante 48 anos/ manteve a oposição sobre controle desde 1965 com o exílio de Neiva Moreira/ nulidade dos vitorinistas Renato Archer/ Domingos Freitas Diniz/ Orlando Leite/ Líster/ Tácito Caldas.
Em 1978 a oposição ganha sopro renovador com Haroldo Saboia/ o "Bobó Junior"/ filho de José Pires de Saboia/ jornalista/ advogado aliado de José Sarney. Mas tudo não passou de um sopro. Saboia juntou-se aos vitorinistas/ oportunistas.
Volto com os "desiludidos de toda ordem" - são todos heranças dos vitorinistas/ memorialistas/ oportunistas de vários naipes. É por isso que acredito na mudança de Flávio Dino. Conheço / interpreto a história da política no Maranhão como poucos.
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