6 de abril de 2014

GABINETE DE ANTIGUIDADES E A SOLTEIRONA : QUEM É ANA MEU GALÁXIE? QUEM É ANA VAIBREICHON?

Balzac pintou com sarcasmo a França na Comédia Humana. A narrativa de O Gabinete das Antiguidades completa A Solteirona. O "quadro" mostra o salão burguês e o aristocrático em declínio, com suas ruínas humanas.

O conjunto dos romances mostram a malograda tentativa de restaurar os resultados da Revolução Francesa. Balzac nos limites do real e do fantástico denuncia os costumes, foca nos que transformam e nos que teimam em ignorar as mudanças.

Quando postei a "O Novo Perfil da Casa Civil : Quem é Ana Graziela Costa, a Ana Vaibreichon", tinha como objetivo retratar os costumes políticos maranhenses, entre estes o secular "mito da competência", que enche fundações/repartições.

Lembrei o exercício técnico/político no Gabinete Civil. Na galeria dos inesquecíveis José Burnet, no polo positivo e Aderson Lago no negativo. A capacidade de João Itapary, a personalidade de Carlos Alberto Milhomem, o Tatá. 

Questionei quem é Ana Graziela Costa, a "Ana Vaibreichon"? Uma "filhinha de mamãe" que caiu de paraquedas na Casa Civil. Grazy Vaibreichon é mais um "mito de competência"- pessoas bem nascidas ungidas à excelência.

Isso foi o suficiente para que a matéria fosse "raqueda" dos domínios do Blog do Cesar Bello. Falar dos costumes do povo maranhense mexeu com os brios da burguesia/ aristocrata. Mas não adianta "a luta continua companheiros".

Quem é Ana meu Galáxie? Porque Ana Vaibreichon. Aguardem.



A burguesia fede

A burguesia quer ficar rica
Enquanto houver burguesia
Não vai haver poesia



A burguesia não tem charme nem é discreta
Com suas perucas de cabelos de boneca
A burguesia quer ser sócia do Country
A burguesia quer ir a New York fazer compras



Pobre de mim que vim do seio da burguesia
Sou rico mas não sou mesquinho
Eu também cheiro mal
Eu também cheiro mal



A burguesia tá acabando com a Barra
Afunda barcos cheios de crianças
E dormem tranqüilos
E dormem tranqüilos



Os guardanapos estão sempre limpos
As empregadas, uniformizadas
São caboclos querendo ser ingleses
São caboclos querendo ser ingleses



A burguesia fede
A burguesia quer ficar rica
Enquanto houver burguesia
Não vai haver poesia



A burguesia não repara na dor
Da vendedora de chicletes
A burguesia só olha pra si
A burguesia só olha pra si
A burguesia é a direita, é a guerra



A burguesia fede
A burguesia quer ficar rica
Enquanto houver burguesia
Não vai haver poesia



As pessoas vão ver que estão sendo roubadas
Vai haver uma revolução
Ao contrário da de 64
O Brasil é medroso
Vamos pegar o dinheiro roubado da burguesia
Vamos pra rua
Vamos pra rua
Vamos pra rua
Vamos pra rua
Pra rua, pra rua



Vamos acabar com a burguesia
Vamos dinamitar a burguesia
Vamos pôr a burguesia na cadeia
Numa fazenda de trabalhos forçados
Eu sou burguês, mas eu sou artista
Estou do lado do povo, do povo



A burguesia fede - fede, fede, fede
A burguesia quer ficar rica
Enquanto houver burguesia
Não vai haver poesia



Porcos num chiqueiro
São mais dignos que um burguês
Mas também existe o bom burguês
Que vive do seu trabalho honestamente
Mas este quer construir um país
E não abandoná-lo com uma pasta de dólares
O bom burguês é como o operário
É o médico que cobra menos pra quem não tem
E se interessa por seu povo
Em seres humanos vivendo como bichos
Tentando te enforcar na janela do carro
No sinal, no sinal
No sinal, no sinal



A burguesia fede
A burguesia quer ficar rica
Enquanto houver burguesia
Não vai haver poesia

Link: http://www.vagalume.com.br/cazuza/burguesia.html#ixzz2y6l54ohP

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