"De repente, não mais que de repente", os deputados Hemetério Weba e Raimundo Cutrim iniciaram uma troca de farpas no Plenário da Assembleia Legislativa. Ambos revezaram-se na tribuna expondo suas razões. A quem interessava a discussão entre os parlamentares epigrafados?
A discussão estimulada tinha como cerne, os motivos que levaram Hemetério Weba a prisão durante a CPI do Crime Organizado em 1999. O "pomo da discórdia" uma postagem a soldo no Blog de "Caridoso". Qual o motivo de confrontar dois deputados da base governista?
"Caridoso" a soldo postou como motivo da prisão tráfico de drogas. "Na época o parlamentar foi denunciado por tráfico internacional de drogas, pois seus acusadores informaram à polícia que o avião de Weba transportava cocaína de Mato Grosso para o Maranhão, em um fundo falso da aeronave."
Hemetério Weba foi a tribuna da AL, munido de certidões negativas e desmentiu o blogueiro "Caridoso". Weba provou por meio de documentos que os motivos da sua prisão durante a CPI do Crime Organizado nunca estiveram relacionados com tráfico de drogas .
O motivo da prisão de Hemetério Weba durante a CPI do Crime Organizado foi o de falso testemunho. Weba havia declarado durante uma audiência ao Senador Magno Malta, que denunciará ao então Secretário Raimundo Cutrim, Messias Vital Brito por roubo de cargas.
Magno Malta consultou no mesmo instante ao então Secretário de Segurança Raimundo Cutrim. Cutrim negou que Hemetério Weba tivesse feito a denúncia contra Messias Vital Brito. Magno Malta que já deu sobejas provas que adora a ribalta, prendeu e algemou Weba.
Raimundo Cutrim ainda teria autorizado aos delegados Nordmam Ribeiro e Paulo Márcio, procederam rigorosa investigação tendo como foco as atividades do deputado Hemetério Weba. Nada foi provado contra o acusado, sendo todas as supostas acusações arquivadas.
Mas qual a razão de tanta "chuva no molhado". Qual o motivo da postagem de "Caridoso" a soldo, distorcendo os reais motivos da prisão de Weba? É simples, o governo sabia por discurso antecipado que Hemetério Weba votaria pela aprovação da CPI da Pistolagem.
Na esteira do discurso de Weba que comprometia-se em assinar a CPI da Pistolagem, existia a certeza da assinatura de Raimundo Cutrim. O governo promoveu o confronto pela postagem a soldo, para mostrar a ambos e aos demais a sua "força jurisdicional".
Roseana Sarney consegui o seu objetivo. Raimundo Cutrim não assinou a CPI da Pistolagem. Hemetério Weba assinou a CPI da Pistolagem no momento autorizado e os demais "tiraram o cavalo do sereno".
Teatro perfeito com direito a cortina de fumaça. A CPI caiu no fosso e o crime de Décio Sá deixou a vitrine dos noticiários locais, que alimentavam o nacional que por sua vez retroalimentavam o internacional.
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