19 de abril de 2012

"POBREZA É UMA REALIDADE ANTIGA, MAS COMO TEMA É NOVIDADE"

Fernando Fialho tomou posse na Secretaria de Combate a Pobreza. Fialho lembra fiado e promessas. Há 50 anos  ouço falar de projetos mirabolantes, empréstimos "miliardários' para combater a miséria  no Maranhão.

Não se viu qualquer melhora ao longo destes anos de cativeiro sarno-babilônico, pelo contrário atingimos índices do continente africano. Por outro lado as famílias Sarney, Murad, Lobão multiplicaram por mil suas "pobrezas".

José Sarney diz que o pai, o então promotor Sarney de Araújo Costa, teve que vender uma máquina de datilografar para custear os estudos dele e do irmão Evandro.  Mais tarde desembargador, Sarney Costa, pedia voto para "Zé Meu Filho".

"Zé Meu Filho" na Capital, "José de Sarney" em Pinheiro virou lei no Maranhão("Meu voto é minha lei, para tudo José Sarney). O nome está em avenidas, ruas, bairros, praças, pontes, prédios públicos, mas principalmente ligado a miséria do povo

Sarney em praça pública(1966) entonava que no Maranhão "bicho de carne e osso" era o "homem de carne osso". "O Maranhão não quer a miséria, a fome como exercício do cotidiano". A miséria prosperou, virou indústria.

Renato Janine Ribeiro em apresentação da tradução de "Os Miseráveis" de Vitor Hugo(Editora Casa da Palavra) remonta a miséria como realidade bem antiga, mas como tema novo, no século XIX.

Maranhão e miséria dá sonoridade, parecem sinônimos. Quantas promessas, quantos Fialhos ou fiados. Relembrando Baudelaire: "Tende piedade Satã desta longa miséria".


  

Um comentário:

  1. 'MEU VOTO É MINHA LEI, GOVERNADOR É'.............., FAZ MUITO TEMPO.ERA CRIANÇA E ATE HOJE É SÓ POBREZA NESTE ESTADO.

    ResponderExcluir

A PERGUNTA QUE NÃO QUER CALAR : QUEM PAGOU A FESTA/ BANQUETE MILIONÁRIO DO QUASE CENTENÁRIO DE SARNEY?

O quase centenário de Sarney foi a festa mais concorrida depois da posse do Presidente Lula/ que não compareceu para não ofuscar o aniversar...