No Judiciário do Maranhão escândalos sempre foram abafados no mofo das togas. Alguns não resistiram ao cheiro de naftalina com alecrim como o caso do Desembargador José Cândido Pontes de Visgueiro. Virou objeto de estudos na área criminal e dos historiadores.
Visgueiro deixou visgar-se pela paixão alucinante, tendo como objeto da tirânica obsessão sua empregada. Pela submissão no ofício o desembargador torna-a amante, mas não consegui fazer-se amado. Um dia, esfaqueou-a e matou-a, enterrando-a no jardim da sua casa, em um grande caixão. Descoberto o crime, exumado o corpo, o Desembargador foi preso, julgado e condenado a prisão perpétua.
Recai agora sobre o Des. Jaime Ferreira a acusação de ter assediado sexualmente Sheila da Silva Cunha. A suposta vítima concorreu ao cargo de juíza no último concurso realizado pelo TJ. O licute teria ocorrido durante as provas orais.Nas gravações fica claro a troca de telefones, o que enseja a possibilidade de insinuações recíprocas. No diálogo o tom das vozes tem concupiscência implícita. Faltou só o tema francês Je teme J' aime.
A candidata foi reprovada no concurso, pediu revisão para lograr nova reprovação. Inconformada SheilaCunha procurou a Des. Nelma que conhecedora do assunto encaminhou ao Conselho Nacional de Magistratura. O estranho de tudo é que a notícia foi publicada no mês de maio no Blog do Itevaldo, mas só agora merece destaque nacional.
Pela proporção dos casos narrados o Des. Jaime Ferreira não deve descer às galés. Como assuntos que envolvem a sexualidade geram maior interesse, a decisão do Des. Paulo Velten retornando "Bia Arôso" passa a segundo plano. A estratégia teria sido para evitar "Bia" abrir o bico no CNJ na terça(14), conforme ela havia prometido? Vamos esperar.
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