Coluna do Kpêta: Notícias da Cozinha.
"Esse blog é para todos, mas não é de ninguém".
A reforma e anúncio do Secretariado de Roseana Sarney, remete-nos a leitura de Casa Grande e Senzala de Gilberto Freyre. A prevalência do doméstico contrapondo-se a competência foi a regra. Justificando-se pela interinidade dois serviçais da Casa Grande, comandam duas das mais importantes pastas. Não possuem a mínima habilitação que os tornem capacitados a gerir Segurança e Educação.
José Lins do Rêgo ao comentar a obra de Gilberto Freire, exorta-nos a um dos seus livro, o Livro do Nordeste. Nesta obra que busco para a leitura, talvez encontre explicação para este gesto tão desabrido da governadora do Maranhão.
Diz José Lins do Rêgo, que a História do Brasil viveu até agora, de exploração e maus tratos. Rocha Pombo tratou-a como um marido estéril. Porto Seguro como esposa infiel, cometendo adultérios.
O que dizer do Maranhão onde maus tratos são "fatores externos" e exploração é vocação. Infidelidade com o povo é regra, independente do sexo, cor ou religião de quem está no poder.
É preciso como nos diz o intelectual epigrafado, "um espírito superior que venha a insuflar a vida e o movimento na massa uniforme". Estivemos bem perto nas últimas eleições, mas infelizmente voltamos a escravidão.
Nabuco lutou contra o jugo e fez tese vencedora. Castro Alves das Espumas Flutuantes ao Navios Negreiros eternizou o brado. Gonçalves Dias foi vítima por ser mestiço.
No Maranhão a luta contra Casa Grande se instala em pleno século XXI. Seria esta parte a mais triste dos trópicos?
Nem Claude Lévis-Strauss para responder.
E fui nascer não por acaso, logo no Maranhão!
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