Robson Paz radialista/ jornalista
"O Maranhão já teve muitas oportunidades
para se desenvolver. Contudo, poucas foram aproveitadas. Na segunda
metade da década de 80, nosso estado teve presidente da República,
senadores, deputados e prefeitos quase todos do mesmo campo político. As
lideranças de oposição contavam-se nos dedos das duas mãos. Apesar de
ambiente político em tese propício, os indicadores econômicos e sociais
do Maranhão pouco ou quase nada melhoraram.
Depois, num interstício dos governos
patrimonialistas e conservadores, aqueles que comandaram o estado com
mão de ferro por quase meio século trabalharam no Planalto Central para
impedir investimentos e até visitas de ministros no Maranhão. Uma guerra
política ensandecida, cujos vencedores desconhecemos, mas perdedora
sabida por todos: a população.
Pois bem, há no horizonte sinais de
civilidade política de parte dos atores capazes de tornar viável a
sonhada ação integrada de agentes políticos e instituições. Cenário que
se deve em grande medida ao trabalho voltado para combater as
desigualdades e à credibilidade presentes, a partir da mudança de
práticas estabelecida pelo governador Flávio Dino.
A despeito da ação contrária de quem
aposta na política do quanto pior melhor, o governo tem mantido relação
harmoniosa e colaborativa com a maioria dos deputados das bancadas
estadual e federal, prefeitos, além de várias instituições importantes,
que representam diversos segmentos da sociedade civil organizada.
No início desta semana, tivemos exemplo
prático de como a atuação conjunta pode render bons frutos para o
Maranhão. Parte das bancadas federal e estadual destinou recursos de
emendas parlamentares para a aquisição de equipamentos agrícolas visando
fortalecer o setor produtivo do Estado. A iniciativa amplia as ações em
curso desenvolvidas pelo Programa “Mais Produção”, executado pelo
governo, que beneficia 55 municípios de todas as regiões do Maranhão.
São patrulhas agrícolas mecanizadas,
kits de irrigação, caminhões tanques para transporte de leite, caminhões
para transporte da produção de hortifrutis, beneficiando várias cadeias
produtivas.
Investimentos que concorrem para
potencializar a produção de alimentos no Estado, que se acostumou por
décadas a importar praticamente tudo que consome. Um paradoxo
considerando a riqueza natural constituída por terras agricultáveis e
rios perenes em toda sua extensão territorial.
Somente a falta de políticas públicas
para o setor e o desinteresse de quem detinha o poder político poderiam
explicar o abandono da agricultura do estado, que em seu ápice teve a
extinção da secretaria responsável pela área e órgãos conexos de
pesquisa e assistência técnica.
A ação integrada do governo, bancadas
parlamentares e municípios aponta para um caminho há muito desejado
pelos maranhenses de que apenas com a ação conjunta independentemente de
coloração partidária e/ou ideológica seremos capazes de proporcionar à
população as oportunidades, que lhes foram tolhidas.
Espera-se que a semente da mudança de
práticas plantada no Estado seja cultivada permanentemente e proporcione
uma grande safra de prosperidade para nosso povo e que as pragas do
atraso não atrapalhem a boa colheita".
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