14 de setembro de 2016

O FEITIÇO CONTRA O FEITICEIRO: Grupo político tenta incriminar adversário e cai na própria armadilha.



A Justiça eleitoral deve ficar atenta  aos excessos que por ventura poderão ser cometidos por candidatos em situação de derrota eleitoral eminente. É que no afã do desespero, tais candidatos podem recorrer a meios espúrios  na tentativa de incriminar seus adversários e acabarem  se complicando  com a Justiça.  Veja só o  que acaba de ser registrado no município de Sucupira do Norte. Representantes de um grupo político  cooptou um eleitor do município através de um oferta generosa em dinheiro e o equipou eletronicamente  para infiltrá-lo como “espião”  no grupo adversário. A missão do espião seria conquistar a confiança do candidato ao ponto de entrar em sua casa e lá dentro oferecer seu voto e seus serviços  em troca de algum dinheiro. Toda trama seria registrada em áudio e o material seria oferecido para o segundo colocado na disputa, que por sua vez, entraria com processo  na Justiça Eleitoral contra o possível vencedor das eleições que seria acusado  de  abuso de poder econômico e compra de votos.
Acontece que, nesse caso específico, o feitiço voltou-se contra o feiticeiro. Por não saberem manusear os equipamentos, o grupo que tentava incriminar o possível vencedor das eleições acabou gerando mais de uma hora  de gravação em áudio  contra ele mesmo.  O suposto espião contratado em atitude de arrependimento eficaz resolveu espontaneamente e voluntariamente entregar para a polícia todo material adquirido  (camisa com botões disfarçados  de microfone, gravador e bateria) com o objetivo de prejudicar o líder nas pesquisas,  à polícia, a quem foi obrigado a contar os detalhes da sórdida trama.

 

CONFIRA ALGUNS TRECHOS DAS GRAVAÇÕES ONDE ALGUMAS VOZES PODEM SER IDENTIFICADAS PELA PRÓPRIA POPULAÇÃO DA CIDADE.

Nessa primeira parte, quando estão preparando os equipamentos, alguém cita nomes de pessoas presentes no ambiente e tentam estratégia para evitar que o povo comparecesse a um evento do adversário.

GRAVAÇÃO I





Na segunda parte alguém  faz menção a um suposto pistoleiro presente no ambiente.
GRAVAÇÃO II

  
 
Terceira parte: Alguem tenta explicar como o equipamento funciona, só não percebe que o mesmo já está sendo gravado
GRAVAÇÃO III


Alguem continua tentando explicar a operacionalização do equipamento
GRAVAÇÃO IV


Mais uma pessoa que faz parte da trama é citada na gravação.
PARTE V

    
Devido ao tempo da gravação é impossível posta-la na íntegra.
As  gravações e os equipamentos devem ser levados ao  conhecimento da Justiça Eleitoral   e da Secretaria de Segurança Pública para serem periciados e identificados os autores, que podem ser enquadrados no crime de trolagem eleitoral. Para esse  tipo de crime  a Lei prevê pena de prisão para contratante e contratado. 
ENQUADRAMENTO NA LEI:
Considera-se ilícita a interceptação eletrônica não autorizada judicialmente, conforme  jurisprudência aplicada  em processo penal no Superior Tribunal de Justiça.
 As implicações poderão ser maiores, quando essas gravações forem enquadradas no artigo 5º da Constituição Federal, quando violam o direito à intimidade (inciso X), inviolabilidade do domicílio (inciso XI), inviolabilidade do sigilo da correspondência e das telecomunicações (inciso XII) e inadmissibilidade das provas obtidas por meios ilícitos (inciso LVI).

3 comentários:

  1. Dom César,

    Pq vc esqueceu o noticiário nacional?
    Tô procurando os defensores do petismo e do lulismo!
    Lembro que o sr era um ardente defensor do lula e Dilma. Nunca mais vi um linha sequer!
    Lembro que o sr garantia que a Dilma não cairia!
    Não estou feliz com a gestão do temer (golpista!?) Mas tô de cara com a noticia que o lula pode está envolvido no petrólao!
    Que coisa, né?
    Vc ainda continua dizendo que o juiz moro é o vilão dessa história?

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  2. Sem maniqueismo- vilão/ herói.Todos tem um pouco de vilão/ herói. Agora é preciso atenção coma polis/a cidade/ São luís

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