Nunca fui/ nem serei jamais adepto das concepções nazifascista do "Direito Penal do Terror"- que acredita na pena de prisão/execução como solução.
Sou de um tempo em que Pedrinhas era chamada Penitenciária Agrícola- hoje lá plantam maconha/ produzem uma cachaça louca chamada "catipereba".
A cadeia que tinha como fim ressocializar - conscientizar o apenado do ilícito e trazê-lo de volta ao convívio social - faliu, segundo Sérgio Bittencourt.
O decreto de prisão/ revogação de João dos Abreu/ Lidiane dos Rochas(na iminência de soltura) trazem de volta a concepção PPP- cadeia é só para preto/ pobre/ puta.
O advogado de João Abreu, Aldenor Rebouças Filho avoca a condição de ex-policial para refutar o mais que evidente crime do cliente- recebimento de propina.
Aldenor Rebouças Filho deveria "avocar" para o presente a matéria da Revista Veja Independente de março de 1999. Tudo/todos se unem/confundem por laços financeiros.
"A reunião do Conselho Deliberativo da Sudam do dia 14 de dezembro de
1999, presidida pela governadora Roseana Sarney, aprovou, numa só
tacada, meia dúzia de pedidos de financiamentos solicitados por uma
única empresa, chamada AC Rebouças Projetos e Assessoria Ltda. Com
trânsito livre na Sudam e Sudene, o empresário pernambucano Aldenor
Cunha Rebouças, dono da empresa, está sendo investigado pela Polícia
Federal como um dos elos entre projetos fraudulentos da Sudam e empresas
de Roseana e seu marido, Jorge Murad, donos da Lunus Participações e
Serviços Ltda. Instalado até o ano passado em um escritório próximo ao
centro da cidade, o empresário operava milagres. Especializou-se em
transformar pessoas humildes em laranjas de grandes empresas e em
elaborar projetos mirabolantes para conseguir recursos de incentivos
fiscais, que, mesmo sem nenhum respaldo jurídico, eram aprovados com
facilidade.
As ligações de Aldenor Rebouças com Murad, segundo a polícia, ficaram
mais evidentes quando, durante uma devassa em sua empresa, em dezembro
do ano passado, foram encontrados, além das contas de laranjas do
empresário no paraíso fiscal das Ilhas Virgens, vários extratos
bancários indicando que a empresa Lunus, de Roseana e Murad, continuava a
realizar transações financeiras com a Agrima. A Agrima é acusada de
desviar grande parte dos R$ 33 milhões destinados à malfadada Nova
Holanda, um projeto de agricultura no município de Balsas, no interior
do Maranhão. Outros documentos mostram que a AC Rebouças mantinha
relações comerciais com a Lunus. A ação policial coincidiu com a
descoberta pelo Ministério Público de um relatório elaborado por um
fiscal da Sudam de Belém, que vasculhou os documentos da Nova Holanda.
Um contrato de gaveta mostra que, apesar de ter vendido a Agrima para um
grupo de empresários paranaenses, em 1994, Murad continua sócio da
empresa. Os procuradores descobriram também que tanto os projetos da AC
Rebouças quanto os da Nova Holanda eram sempre fiscalizados pelas mesmas
pessoas: sete fiscais indiciados por fraude na Sudam do Pará. “Há
provas suficientes de que todas essas empresas são da Roseana e do
Murad”, acusa o deputado estadual Aderson Lago (PSDB-MA), inimigo
político de Roseana e um dos primeiros a denunciar a conexão maranhense.
A PF também descobriu que Aldenor Rebouças foi consultor da Usimar
Componentes Automotivos S/A, empresa financiada pela Sudam, mas que
nunca saiu do papel.
Destinadas a construir indústrias no Maranhão, as verbas liberadas
pela Sudam para a AC Rebouças só ajudaram a engordar as contas bancárias
do empresário em paraísos fiscais no Caribe. Internado num Hospital
Público de São Luís, onde se recupera de uma úlcera gástrica, Antônio
Rodriguez da Costa, 71 anos, que prestava serviços para a Indústria de
Alumínios Alusa, levou um susto ao ser informado pela PF que ele e o
filho Carlos Antônio Costa eram carpinteiros milionários. Apareciam como
titulares de contas nos paraísos fiscais das Ilhas Virgens Britânicas e
eram proprietários de várias indústrias no Estado, implantadas com
recursos da Sudam e da Sudene. “O delegado ainda brincou comigo. Disse
que eu era dono de metade dessas indústrias da cidade e que deveria
aproveitar para cobrar os meus direitos”, conta Antônio. Documentos
obtidos por ISTOÉ mostram que o carpinteiro, usado como laranja no
esquema, aparece como sócio da Construtora Coral, que, além de emitir
US$ 2 milhões em notas frias para a indústria de Alumínios Anodezina
S.A, era sócia acionista de outras indústrias que tiveram seus projetos
aprovados pela AC Rebouças na Sudam.
Apesar de ser controlada por uma empresa de engenharia que não possui
nem mesmo registro e de permanecer até hoje inoperante, a Anodezina
conseguiu atrair, por meio da emissão de ações no mercado, investimentos
de pequenos bancos paulistas. A PF suspeita que esses bancos estejam
ligados a Murad, que instalou a Lunus inicialmente em São Paulo, em
1990, transferindo-a para a capital maranhense somente em 1993, às
vésperas da primeira eleição vencida por Roseana. Instaladas
precariamente na zona industrial de São Luís, a Anodezina e outras
empresas da AC Rebouças, que até hoje não entraram em funcionamento,
estão abandonadas".
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