Durante a solenidade das comemorações dos 180 Anos da Assembleia Legislativa do Maranhão ficou patenteado a diferença entre Dino e Sarney.
Flavio Dino em 60 dias no promissor governo esteve na Alema em duas ocasiões- abertura dos trabalhos legislativos e aniversário de quase 2 séculos.
No governo de Dino é o representante do Poder Executivo quem procura/valoriza o Legislativo. Na era Sarney, Roseana sequer recebia os parlamentares.
Roseana Sarney almoçava lagosta e os deputados estaduais pagavam o pato- davam explicações diárias - sobre um governo corrupto/ingrato/ prepotente.
Para a Sarney tinha lagosta e caviar. Para os parlamentares o que sobrava ? Tira-gosto de soluço, pastel de vento e refresco de brisa no sereno dos Leões.
Dino falou e encantou, usando o raciocínio lógico, apoiado em premissas, seguido de conclusões pertinentes.
O efeito retórico da fala de Dino prende a atenção, gera participação/aprovação. O nome da técnica é silogismo.
Todo homem é mortal.
Benedito é homem.
Logo, Benedito é mortal.
O mesmo não se pode falar do imortal Benedito Buzar, o "Pai Buzar". Buzar gaguejou a história política sem opinar.
"Pai Buzar" podia ter trabalhado as fases- Provincial até 1889 - e a Legislativa. Sempre raciocinando que :
A Assembleia Legislativa até 2015 não era um dos Três Poderes, mas um "poder" na faixa de tês "ts"- tolhido, tutelado e tolerado.
Fúnebre foi a escolha da música o "Bolero de Ravel" para homenagear os ex-Presidentes. A sensação de mudança é dada pela orquestração com crescendo progressivo em mi maior e dó maior.
Cento e sessenta nove vezes os dois compassos epigrafados são repetido em ostinato- som persistente, repetido na mesma altura. A orquestração começa baixa para depois envolver de forma triste/angustiante.
Apesar de fúnebre a música é maravilhosa. Como o ambiente era político. Tive a impressão de ver várias "cobras najas", saindo dos cestos ao som do "Bolero de Ravel".
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