13 de abril de 2014

DEPOIS DE AJUDAR A ENTERRAR A CANDIDATURA DE LUÍS FERNANDO, SARNEY FOI LACRIMEJAR NA SEPULTURA POLÍTICA

Sarney tem a fama de "águia-mortalha"- no que ele visita o doente, este vira defunto. Longevo, Sarney já enterrou toda sua geração. No enterro de Bandeira Tribuzzi, Sarney foi até o caixão e folgou o nó da gravata dizendo- "ele não gostava disto".

Sarney já enterrou muita gente que continua viva- lideranças e adversários políticos. Implacável, calculista age pelo efeito dominó, derrubando através de terceiros. Depois é comum saber que elogiou as próprias vítimas, com o riso no canto da boca.

Após ajudar enterrar Luís Fernando, Sarney foi lacrimejar na sepultura política. Este é Sarney. Mata, enterra novas lideranças para depois lacrimejar elogios. Sarney sabe que Luís Fernando eleito/reeleito era muito mais perigoso que Dino.

Aprendam como caiar sepulcros. As frases parecem epitáfios- aquilo que se escreve nas lapides das sepulturas.Homenagear conduta? Porque não prestigiar as práticas? Quanta hipocrisia. Quem já passou pode avaliar. Mas as nuvens fazem novos desenhos.

Um exemplo de dignidade, diz Sarney sobre Luís Fernando

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Coluna do Sarney

É do Antonio Carlos, o mineiro em que o Getúlio passou a perna, a frase de que a “política é como uma nuvem, muda a cada minuto”. E eu acredito sempre que a maior certeza que se observa na política, numa análise que não seja restrita ao imediato, é que o impossível sempre acontece.
A renúncia, com o gesto do Jânio meio incompreensível e alucinado, maculou-a, mas é sempre, em meio ao idealismo humano, uma atitude de grandeza, quando é motivada por atitudes nobres. Acabamos de assistir a uma que merece o nosso respeito e engrandece um homem público. Luis Fernando, um homem de grande virtude, honrado, competente, inteligente, experiente, acaba de nos dar um exemplo de que a política não é isso o que em geral se procura construir e que os políticos não são esses demônios que pintam.
A maior aspiração de um político é governar o seu estado. Só depois podem vir outras. Pois bem, num momento em que todos arrancam os cabelos e não abrem mão de nada, Luis Fernando nos dá esse exemplo. Saiu sem ódio, sem criar problemas, sem atribuir a ninguém o seu gesto e dono de uma tranquilidade e uma firmeza de convicção que nos faz ter nele um exemplo. O comunicado que ele fez é uma peça que merece ficar inscrita nos anais de nossa vida política. Reconhece que foi escolhido candidato, e se houve com grande dignidade nessa condição, que “no mundo político as condições se alteram, no interesse do êxito eleitoral”. Outros não examinariam esse aspecto. O desejo do poder é maior e lutaria contra tudo e todos, sem essa avaliação. Acrescente-se mais que ninguém lhe cobrou esse balanço e em torno dele estávamos certos de que teríamos uma grande vitória. Ele foi escolhido pelas suas qualidades e pelo seu passado.
No governo, como secretário em duas pastas, fez um trabalho extraordinário, semeando obras no Maranhão inteiro, viajando por todo o nosso território e procurando unir, sem criar incompatibilidades nem encher o peito de presunção com a sua candidatura. Manteve a humildade, pautou-se pela decência e mesmo tendo deixado a disputa é um nome que merece o nosso respeito e continuará a servir ao Maranhão. Ajudou o estado e saiu com o mesmo afeto a Roseana, dentro do mesmo grupo de seus amigos e disposto a lutar com o mesmo espírito público e com a mesma força.
A ele, Luis Fernando, nossa homenagem pela conduta correta, digna, como soube entrar e soube sair, sem nenhum arranhão em sua personalidade, dignidade e honradez, fidelidade e competência, pronto para outros desafios.

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