Com o advento da internet e o surgimento dos blogs aumentaram os canais de informações, mas as profundas modificações não desenraizaram a prostituição, o aviltamento dos que dela vivem.
A morte de Décio Sá é emblemática. Mantida sob o manto da liberdade de expressão, a apuração acorberta outras formas de faturamento do blogueiro, angariadas pelo "silêncio remunerado".
"Vou detonar", era a expressão usada por Décio. A blogosfera virou um "campo minado", onde alguns pensam em enriquecer por via da extorsão, ameaçando com a desonra, vidas alheias.
O crime de extorsão é muito parecido com o roubo. A diferença entre os delitos é que, na extorsão o criminoso consegue "tomar a coisa" com a cooperação da vítima, no roubo o meliante usa da violência.
Ignorar a extorsão de operadores na blogosfera, rádios, televisões e jornais é coorporativismo tacanho. Somente o flagrante intimidará os praticantes da extorsão midiática e eletrônica.
Fontes policiais "nada caridosas" informam no "caso mateus me dá um pouquinho do teus", a participação de advogados de uma ex-funcionária do Mateus na divulgação do "dossiê".
O objetivo dos causídicos da ex-funcionária do Grupo Mateus, seria barganhar agravantes por atenuantes no desvio de 7 milhões em mercadorias dos Supermercados do empresário Ilson Mateus.
O blogueiro teria sido contratado para "amolecer" Ilson Mateus, com postagens que supostamente revelariam o enriquecimento ilícito do empresário, pela prática de sonegação fiscal.
A "bomba" foi temperada com condimentos políticos. Não faltou "salney" no "trinchado transeté no molho do piquereté". O suficiente para a "oposição" servir de bucha ou temer mandatos.
Ocorre que a "mão caridosa que apedreja é a mesma que deseja". Existe quem duvide tanto do dossiê contra o empresário Ilson Mateus, quanto das encomendas armadas contra "caridoso".
O jornalismo investigativo tem outro viés. Nas postagens não há tom de ameaça, a produção de provas robustas e conclusivas produzem a certeza do delito praticado pelos denunciados.
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